Dom Oriolo: Inteligência artificial e humanos em sintonia



A inteligência artificial é um tema em destaque atualmente, sendo uma realidade que já permeia o cotidiano de todas as pessoas, desde as mais simples até estudiosos como astrônomos, físicos, biólogos, médicos, sociólogos, jornalistas, matemáticos, filósofos e teólogos.

Dom Edson Oriolo – Bispo da Igreja Particular de Leopoldina MG

A inteligência é uma capacidade cognitiva intrínseca ao cérebro humano, que lhe permite aprender, raciocinar, solucionar problemas, tomar decisões, comunicar-se, planejar, adaptar-se a diferentes ambientes e compreender o mundo ao seu redor. Essa capacidade complexa envolve uma série de processos mentais como a percepção, a memória, a linguagem, o pensamento crítico e a resolução de problemas. Por meio do desenvolvimento cognitivo, os seres humanos são capazes de construir conhecimentos pela simples apreensão, pelo juízo e pelo raciocínio.

Por outro lado, a inteligência artificial é um tema em destaque atualmente, sendo uma realidade que já permeia o cotidiano de todas as pessoas, desde as mais simples até estudiosos como astrônomos, físicos, biólogos, médicos, sociólogos, jornalistas, matemáticos, filósofos e teólogos. Ela tem contribuído de diversas maneiras para a execução de tarefas que envolvem habilidades humanas. Tem ajudado a compreender a nós mesmos e o mundo que nos cerca. Eu me considero muito otimista em relação à inteligência artificial. Tento enxergar por uma lente otimista, mesmo sabendo que ela serve tanto para o bem quanto para o mal. O maior desafio, mesmo sendo otimista, é descobrir o que é joio ou trigo, como frutos da inteligência artificial.

Em ‘Homo Deus’, Yuval Harari, historiador israelita, propõe uma visão complementar da relação entre humanos e inteligência artificial. Ao reconhecer a incapacidade das máquinas de desenvolver consciência, o autor enfatiza que ambas as ‘espécies’ desempenham papéis distintos na sociedade. A IA, com sua capacidade de processar vastas quantidades de dados, pode auxiliar os humanos em diversas tarefas, mas não substitui a capacidade humana de julgar o valor moral de uma ação. Assim, a consciência humana, com sua capacidade de sentir, avaliar e agir com base em valores, continua sendo o elemento central na tomada de decisões éticas.

Destarte, os sistemas de inteligência artificial têm o potencial de contribuir significativamente para o bem-estar da sociedade, auxiliando em diversas áreas como saúde, educação e desenvolvimento social, e promovendo uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Têm ajudado a resolver inúmeras questões de subsistência. Permitem avanços impressionantes em aspectos da vida das pessoas, comprometendo-nos a melhorar ainda mais a própria natureza da inteligência humana. A inteligência artificial e a inteligência humana estão convergindo para criar um futuro mais promissor. A inteligência artificial, ao complementar as capacidades cognitivas humanas, permite que resolvamos problemas complexos de forma mais eficiente. Ao mesmo tempo, a criatividade e o discernimento humanos são essenciais para orientar o desenvolvimento da inteligência artificial e garantir que ela seja utilizada para o bem da sociedade. Essa sinergia entre homem e máquina tem o potencial de transformar diversos setores, desde a saúde e a educação até a indústria e o entretenimento.

A incorporação da inteligência artificial em nosso cotidiano pode servir como um trampolim para o desenvolvimento de aspectos da inteligência humana. Ao automatizar tarefas repetitivas e fornecer insights valiosos, a inteligência artificial liberta a inteligência humana para focar em atividades mais criativas e complexas. Dessa forma, a inteligência artificial se torna uma ferramenta poderosa para aprimorar nossas habilidades cognitivas, estimulando a resolução de problemas, a inovação e o aprendizado contínuo. Embora a inteligência artificial ofereça um vasto potencial de benefícios, é fundamental considerar os desafios éticos e sociais associados à sua implementação. Ao garantir o uso responsável da tecnologia, podemos maximizar seus benefícios e construir um futuro em que humanos e máquinas inteligentes coexistam de forma harmoniosa, impulsionando o progresso da sociedade.

A inteligência humana pode engendrar máquinas com alto grau de inteligência. As máquinas inteligentes são projetadas para aprender e atender as necessidades e preferências humanas. Elas podem aprender mais de bilhões e de trilhões de modelos de preferências para facilitar a vida dos homens. Com foco em auxiliar os seres humanos, elas são desenvolvidas para agir de acordo com as instruções recebidas. Embora possam superar os humanos em diversas tarefas, a inteligência humana, com sua capacidade de criatividade e raciocínio abstrato, continua sendo um diferencial.



Fonte (Vatican News)

Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.

A opinião do post não é necessariamente a opinião do nosso blog!

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