Evangelho e palavra do dia 02 outubro 2024
Leitura do Livro do Êxodo 23,20-23
Assim diz o Senhor:
“Vou enviar um anjo que vá à tua frente,
que te guarde pelo caminho
e te conduza ao lugar que te preparei.
Respeita-o e ouve a sua voz.
Não lhe sejas rebelde,
porque não suportará as vossas transgressões,
e nele está o meu nome.
Se ouvires a sua voz
e fizeres tudo o que eu disser,
serei inimigo dos teus inimigos,
e adversário dos teus adversários.
O meu anjo irá à tua frente
e te conduzirá à terra dos amorreus,
dos hititas, dos fereseus, dos cananeus,
dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei”.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,1-5.10
Naquela hora,
Os discípulos aproximaram-se de Jesus
e perguntaram:
“Quem é o maior no Reino dos Céus?”
Jesus chamou uma criança,
colocou-a no meio deles
e disse:
“Em verdade vos digo,
se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças,
não entrareis no Reino dos Céus.
Quem se faz pequeno como esta criança,
esse é o maior no Reino dos Céus.
E quem recebe em meu nome uma criança como esta,
é a mim que recebe.
Não desprezeis nenhum desses pequeninos,
pois eu vos digo que os seus anjos nos céus
veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.
Comentário
Deus não tem dificuldade de se fazer entender pelas crianças, e as crianças não têm problemas em compreender Deus. Não é por acaso que no Evangelho Jesus profere palavras muito bonitas e fortes sobre os “pequeninos”. Este termo, “pequeninos”, indica todas as pessoas que dependem da ajuda dos outros e, de modo especial, as crianças. Por exemplo, Jesus diz: “[…] “Guardai-vos de menosprezar um só destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos no céu contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos céus” (Mt 18, 10). Assim, as crianças são em si uma riqueza para a humanidade e também para a Igreja, porque nos chamam constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: a de não nos considerarmos autossuficientes, mas necessitados de ajuda, de amor, de perdão. E todos nós precisamos de ajuda, de amor, de perdão! […] Mas há muitos dons e riquezas que as crianças oferecem à humanidade. Recordo apenas alguns deles. Dão-lhe o seu modo de ver a realidade, com um olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança espontânea no seu pai e na sua mãe; uma confiança espontânea em Deus, em Jesus, em Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não poluído pela malícia, pelas ambiguidades, pelas “incrustações” da vida que endurecem o coração. Sabemos que até as crianças têm em si o pecado original, com os seus egoísmos, mas conservam uma pureza e uma simplicidade interior. […] Por todos estes motivos, Jesus convida os seus discípulos a “tornar-se como as crianças”, pois é “a quantos são como elas que pertence o Reino de Deus”. (Audiência Geral de 18 de março de 2015)