9 de out de 2024 às 09:52
O papa Francisco disse que a unidade, tanto na Igreja como no casamento e na família, vem do Espírito Santo e é alcançada “quando nos esforçamos para pôr Deus, e não a nós próprios, no centro”.
Na catequese da audiência geral de hoje (9), o papa falou sobre a ação do Espírito Santo no Pentecostes, narrada nos Atos dos Apóstolos.
Aos fiéis e peregrinos na praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco disse que “a unidade da Igreja é a unidade entre pessoas e não se realiza de modo abstrato, mas na vida”.
O que é necessário para alcançar a unidade na Igreja e na família?
O papa disse que “todos nós queremos a unidade, todos a desejamos do mais íntimo do coração”.
No entanto, disse Francisco, “ela é tão difícil de alcançar que, até no seio do matrimônio e da família, a união e a concórdia estão entre as coisas mais difíceis de conseguir, e ainda mais difíceis de manter”.
“Também a unidade dos cristãos se constrói assim: não esperando que os outros venham ao nosso encontro, onde estamos, mas caminhando juntos rumo a Cristo”, disse o papa.
Universalidade e unidade
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Depois, o papa Francisco falou sobre os Atos dos Apóstolos, quando no Pentecostes, os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, “começaram a falar noutras línguas”.
O papa disse que o evangelista são Lucas quis frisar dessa forma “a missão universal da Igreja, como sinal de uma nova unidade entre todos os povos”.
Francisco disse que a universalidade é composta pela expansão étnica e geográfica, como quando são Paulo levou o Evangelho à Europa, fora da Ásia.
Quanto à unidade, o papa falou sobre o concílio de Jerusalém e disse que “o problema é como fazer com que a universalidade alcançada não comprometa a unidade da Igreja”.
“O Espírito Santo nem sempre realiza a unidade de maneira repentina, com intervenções milagrosas e decisivas, como no Pentecostes”, disse Francisco.
O papa disse que “fá-lo também – e na maior parte dos casos – com um trabalho discreto, respeitador dos tempos e das divergências humanas, passando por pessoas e instituições, oração e confronto. De uma forma, diríamos hoje, sinodal”.
“Ele mesmo é o ‘vínculo de unidade’. É Ele quem faz a unidade da Igreja”, concluiu o papa Francisco.