Evangelho e palavra do dia 27 novembro 2024
Leitura do Livro do Apocalipse de São João
15,1-4
Eu, João,
vi no céu outro sinal,
grande e admirável:
sete anjos, com as sete últimas pragas.
Com elas o furor de Deus ia-se consumar.
Vi também como que um mar de vidro
misturado com fogo.
Sobre este mar estavam, de pé,
todos aqueles que saíram vitoriosos
do confronto com a besta, com a imagem dela
e com o número do nome da besta.
Seguravam as harpas de Deus.
Entoavam o cântico de Moisés, o servo de Deus,
e o cântico do Cordeiro, dizendo:
“Grandes e admiráveis são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-poderoso!
Justos e verdadeiros são os teus caminhos,
ó Rei das nações!
Quem não temeria, Senhor,
e não glorificaria o teu nome?
Só tu és santo!
Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti,
porque tuas justas decisões se tornaram manifestas”.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
21,12-19
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Antes que estas coisas aconteçam,
sereis presos e perseguidos;
sereis entregues às sinagogas e postos na prisão;
sereis levados diante de reis e governadores
por causa do meu nome.
Esta será a ocasião
em que testemunhareis a vossa fé.
Fazei o firme propósito
de não planejar com antecedência a própria defesa;
porque eu vos darei palavras tão acertadas,
que nenhum dos inimigos
vos poderá resistir ou rebater.
Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais,
irmãos, parentes e amigos.
E eles matarão alguns de vós.
Todos vos odiarão por causa do meu nome.
Mas vós não perdereis
um só fio de cabelo da vossa cabeça.
É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!”
Comentário
Jesus prenuncia provações dolorosas e perseguições que os seus discípulos deverão padecer por causa d’Ele.
No entanto, assegura: “Não se perderá um só cabelo da vossa cabeça” (v. 18).
Ele recorda-nos que estamos totalmente nas mãos de Deus! As adversidades que encontramos devido à nossa fé e à nossa adesão ao Evangelho constituem ocasiões de testemunho; elas não devem afastar-nos do Senhor, mas impelir-nos a abandonar-nos ainda mais a Ele, à força do seu Espírito e da sua Graça.
Neste momento penso, todos nós pensemos. Façamo-lo juntos: pensemos nos numerosos irmãos e irmãs cristãos, que sofrem perseguições por causa da sua fé. Existem tantos! […]
No final, Jesus fez uma promessa que é garantia de vitória: “É pela vossa constância que alcançareis a salvação” (v. 19).
Quanta esperança há nestas palavras! Elas são um hino à esperança e à paciência, ao saber esperar os frutos seguros da salvação, confiando no sentido profundo da vida e da história: as provações e as dificuldades fazem parte de um desígnio maior; o Senhor, Dono da história, leva tudo ao seu cumprimento.
Não obstante as desordens e desventuras que angustiam o mundo, o desígnio de bondade e de misericórdia de Deus há-de realizar-se! E esta é a nossa esperança: ir em frente assim, por este caminho, no desígnio de Deus que se realizará. Esta é a nossa esperança! (Angelus de 17 de novembro de 2013)