Aos políticos eleitos do sul da França, o Papa solicitou especial atenção aos jovens “fundamentalmente generosos e abertos às questões existenciais” e às pessoas em fim de vida, pois devemos “oferecer cuidados e alívio, mesmo que nem sempre possam se recuperar”. O encontro foi realizado na manhã deste sábado (30/11) no Vaticano.
Vatican News
Na manhã deste sábado (30/11), o Papa Francisco recebeu uma delegação de representantes políticos eleitos das regiões do sul da França. O Papa iniciou sua saudação com um agradecimento pelo passo corajoso “que confirma a vontade de unir suas vidas como crentes com as de homens e mulheres em posições de responsabilidade”. Ao se referir à região de proveniência dos presentes Francisco recordou que “é fortemente caracterizada pela sua dimensão mediterrânea e está localizado em uma encruzilhada, onde diferentes influências e tradições convergem, mas que também dão origem a conflitos aos quais vocês são chamados a resolver”. “Essa é a sua vocação” disse ainda, “que reiterei durante minha viagem a Marselha: ser um lugar onde diferentes países e realidades se encontram com base na humanidade que todos nós partilhamos e não em ideologias que separam as pessoas, o país”.
Atenção aos jovens
Em seguida o Papa falou sobre duas realidades que gostaria de compartilhar com os presentes. “A primeira realidade que os convido a considerar hoje é a urgência de oferecer aos jovens uma educação que os direcione para as necessidades dos outros e saiba incentivar o sentido de compromisso”. Após reiterar que os jovens são fundamentalmente generosos e abertos às questões existenciais sugeriu:
“Envolver os jovens, envolvê-los no mundo real, em uma visita aos idosos ou aos deficientes, em uma visita aos pobres ou aos migrantes, isso os abre para a alegria de acolher e doar, oferecendo algum conforto às pessoas que são invisíveis por causa de um muro de indiferença”. Afirmando em seguida: “É curioso como a indiferença mata a sensibilidade humana: como ela mata isso!”.
Questão do fim da vida, cuidados paliativos
A segunda realidade que o Papa quis compartilhar com os presentes se referia ao debate sobre a questão essencial do fim da vida, para que possa ser “conduzido na verdade”, e completou dizendo: “trata-se de acompanhar a vida até seu fim natural por meio de um desenvolvimento mais amplo dos cuidados paliativos”. Francisco reiterou que “as pessoas no final da vida precisam ser apoiadas por cuidadores que sejam fiéis à sua vocação, que é a de oferecer cuidados e alívio, mesmo que nem sempre possam se recuperar. As palavras nem sempre são úteis, mas pegar uma pessoa doente pela mão faz muito bem, e não apenas para a pessoa doente, mas também para nós”, lembrou por fim.
Política e religião
Concluindo o encontro, o Papa agradeceu mais uma vez aos presentes o interesse pela mensagem da Igreja, pois “embora distintas, a política e a religião têm interesses comuns e compartilhados e, de diferentes maneiras, estamos todos conscientes do papel que devemos desempenhar para o bem comum. A Igreja deseja despertar as forças espirituais que tornam fecunda toda a vida social e vocês podem contar com a ajuda dela”.
Fonte (Vatican News)
Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.
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