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2 de dez de 2024 às 15:34
A Renovação Carismática Católica aceitou “com obediência filial” a recente nota doutrinária da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) sobre a “cura intergeracional”.
A nota aprovada pela CEE apontou entre os precursores desta prática o padre Robert DeGrandis, da Sociedade de São José, “que popularizou a prática na Renovação Carismática Católica devido à sua ligação com ela”.
DeGrandis e outros autores defendem “a transmissão intergeracional do pecado e, correspondentemente, a possibilidade de cura intergeracional”, diz a nota doutrinária.
O modo de “curar” as consequências físicas e psicológicas consiste em “identificar o pecado na própria árvore genealógica” e romper esse vínculo pecaminoso através de doses de “intercessão, exorcismos e, principalmente, a celebração de uma eucaristia”, o que em teoria provoca uma suposta cura, segundo a nota.
A nota da CEE diz que “o pecado é sempre pessoal e requer uma decisão livre da vontade”, e que o mesmo ocorre com a pena associada ao pecado. Por outro lado, os bispos lembram que “o único pecado que se transmite de geração em geração é o pecado original”.
Não é possível “sustentar uma transmissão intergeracional do pecado sem contradizer a doutrina católica sobre o batismo”, sacramento em que “ocorre o perdão de todos os pecados”, continua a nota.
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Quanto à missa, afirma que introduzir pedidos de cura intergeracional “distorce gravemente a celebração eucarística”.
Num comunicado publicado no seu site, a Renovação Carismática Católica da Espanha manifesta que acolhe com gratidão o conteúdo do documento aprovado pela CEE e “se adere a ele com obediência filial, partilhando o seu conteúdo e a preocupação que o fundamenta”.
O comunicado também diz que o movimento “continuará velando para que, no âmbito próprio da nossa associação, parte de toda a corrente da graça, as suas orientações sejam seguidas”.
A organização carismática acrescenta que o documento intitulado A sua misericórdia se estende de geração em geração é necessário “para esclarecer conceitos, riscos nesta prática, bem como os âmbitos da sua implementação, à luz dos estudos realizados e das notas do Magistério da Igreja Católica que enuncia”.
No comunicado, a RCC diz que espera que o exposto pela CEE ajude “a detectar e corrigir estas práticas que se desviam da Tradição e do Magistério da Igreja e que podem causar grandes danos morais e espirituais ao povo santo de Deus”.
A declaração da Renovação Carismática Católica da Espanha é assinada pelo seu coordenador nacional, Víctor Gregorio Arellano, e pelo conselheiro espiritual nacional Francisco Javier Ramírez de Nicolás, padre da diocese de Osma-Soria.
