Que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na terra da Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera: com essas palavras, o Papa acolheu os peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela, recebidos por Francisco na manhã desta quinta-feira na Basílica de São Pedro, no Vaticano
Raimundo de Lima – Vatican News
Encorajo-vos nesse apostolado de evangelização e cuidado. Os antigos peregrinos nos ensinam que das peregrinações cristãs se retorna como apóstolo! Foi a exortação com a qual o Santo Padre acolheu na manhã desta quinta-feira (19/12), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, um expressivo grupo de peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (cerca de 5 mil), cuja peregrinação é organizada pela Obra Padre Guanella.
Francisco expressou sua alegria em dar as boas-vindas, junto ao Túmulo de São Pedro, aos peregrinos do Caminho de Santiago, saudando, entre outros, o superior geral dos Padres Guanellianos e os membros da Família Guanelliana, que há quase quinze anos trabalham naquela Igreja da Galícia, tanto em Santiago como em Finisterra, para dar acolhida espiritual aos peregrinos. “E vós, peregrinos, sois a prova viva do compromisso apostólico deles”, ressaltou o Pontífice.
O caminho vivido em silêncio permite escutar
Francisco observou ser interessante ver como cresceu o número dos peregrinos a Santiago nestes últimos trinta anos. “Esse crescimento numérico é muito positivo e, ao mesmo tempo, levanta uma séria questão: as pessoas que fazem o Caminho de Santiago estão fazendo uma verdadeira peregrinação? Essa é a pergunta, devemos responder. Ou se trata de outra coisa? Ou obviamente, há experiências diferentes, mas a pergunta nos faz refletir”, frisou o Papa.
Francisco ressaltou que Deus fala no silêncio, como uma brisa suave, convidando a lembrarmos a história de Elias (cf. 1Rs 19,9-13).
Ter sempre consigo um Evangelho de bolso
Em segundo lugar, o Evangelho – silêncio, Evangelho -: ter sempre no bolso o Evangelho, frisou o Santo Padre recomendando aos peregrinos ter sempre consigo um Evangelho pequeno, de bolso.
A esse ponto, Francisco explicou como se dá essa presença do Espírito Santo. “Podemos ler um romance, bonito, talvez nos faça bem, ler as notícias diárias, algumas nos fazem chorar, mas podemos ler; mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. Quando lemos as notícias, não. Mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. É o Espírito Santo. É Ele que nos faz entender bem isso que o Evangelho faz. E Ele faz isso, o Espírito Santo”.
Ao longo do caminho, estar atentos aos outros
Francisco concluiu desejando que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera.
Fonte (Vatican News)
Estamos reproduzindo um artigo do site Vatican news.
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