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16 de jan de 2025 às 10:57
A Nigéria foi o país com mais cristãos mortos e sequestrados no ano passado, segundo o mais recente relatório do grupo Open Doors (Portas abertas), organização que atende fiéis em países onde há qualquer ameaça às suas vidas ou à sua liberdade de crer e render culto a Jesus.
Segundo a Lista Mundial da Perseguição 2025, divulgada ontem (15), 3,1 mil cristãos foram mortos e 2.830 cristãos foram sequestrados na Nigéria no ano passado, muito mais do que em outros países no mesmo ano.
O relatório diz também que o país com mais cristãos presos em 2024 foi a Índia, com 2.176 cristãos presos, e Ruanda sofreu o maior número de ataques a igrejas ou edifícios cristãos, com 4 mil casos registrados.
A lista de observação da Open Doors diz que a perseguição aos cristãos continuou a crescer em termos absolutos entre os cerca de 100 países monitorados pelo grupo em 2024, com 13 países classificados em “níveis extremos” de perseguição aos cristãos.
O grupo estima que mais de 380 milhões de cristãos em todo o mundo experimentaram pelo menos um “alto nível” de perseguição e discriminação por causa de sua fé.
Coreia do Norte, Somália, Iêmen, Líbia e Sudão são os cinco principais países do relatório sobre perseguição cristã em 2024. A Nigéria está em 7º lugar na lista de observação. Eritreia, Paquistão, Irã, Afeganistão, Índia, Arábia Saudita e Mianmar completam os 13 principais países, todos classificados como tendo níveis “extremos” de perseguição anticristã.
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“380 milhões de cristãos no mundo não desfrutam do direito humano básico de acreditar no que quiserem. Quantos mais cristãos mortos, deslocados, abusados e presos precisamos contar antes de colocar a liberdade religiosa no centro do debate público?”, disse Cristian Nanin, diretor da Portas Abertas Itália, com o lançamento da Lista Mundial de Perseguição 2025.
“Em 32 anos de pesquisa, registramos um aumento constante na perseguição anticristã em termos absolutos. 2024 é novamente um ano recorde de intolerância: um em cada sete cristãos sofre discriminação ou perseguição por causa de sua fé: é crucial voltar a falar sobre liberdade religiosa no debate público”, diz também Nani.
A Open Doors, que apoia cristãos perseguidos em mais de 70 países, faz sua lista mundial de vigilância anual por meio de informações de redes locais, pesquisadores nacionais, especialistas externos e uma equipe ad hoc (para isso) de analistas.
Para formular sua classificação, o grupo de defesa analisa a pressão sobre a vida de um cristão em cinco áreas: vida privada, familiar, comunitária, eclesiástica e pública. A violência é adicionada como um elemento separado na análise.
A Nigéria enfrenta violência por parte de radicais muçulmanos desde 2009, perpetrada por grupos como o Boko Haram, que perseguem cristãos e, às vezes, os sequestram para pedir resgate.
Embora um relatório deste ano da instituição de caridade pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre diga que o sequestro de clérigos e religiosos católicos na Nigéria diminuiu de 28 em 2023 para 12 no ano passado, o país ainda é um dos mais perigosos para ser padre ou religioso.
As freiras Vincentia Maria Nwankwo e Grace Mariette Okoli, que foram sequestradas em 7 de janeiro na arquidiocese de Onitsha, Nigéria, foram libertadas e estão “com boa saúde”, segundo a liderança de sua congregação, as irmãs do Imaculado Coração de Maria, Mãe de Cristo.