O Grupo VITA, que acompanha vítimas de abusos na Igreja em Portugal, recebeu até o momento 61 pedidos de compensação financeira, segundo relatório apresentado ontem (21). Desse total, 40 pedidos são do sexo masculino e 21 do sexo feminino.

“Nas últimas décadas, os casos de abuso sexual no seio da Igreja Católica têm suscitado um intenso debate público e institucional, colocando em evidência a necessidade da Igreja enfrentar o passado e proteger as gerações futuras, reconhecendo, reparando e prevenindo”, diz o relatório.

Em abril de 2024, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) aprovaram a atribuição de compensação financeira a vítimas de abusos sexuais contra crianças e vulneráveis na Igreja em Portugal. A apresentação formal dos pedidos teve início em 1 de junho e, inicialmente, terminaria em 31 de dezembro. Mas, na 210ª Assembleia Plenária da CEP, a conferência decidiu ampliar o prazo até 31 de março de 2025. As conferências “solicitaram ao Grupo VITA” colaboração “neste processo”.