O papa Francisco divulgou ontem (23) sua mensagem ao Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, dizendo aos participantes que a inteligência artificial (IA) deve, em última instância, servir à humanidade e ao bem comum.
“Como protagonista e defensora do progresso da ciência, da tecnologia, das artes e de outras formas de iniciativa humana, a Igreja Católica ensina que tais desenvolvimentos devem ser usados para melhorar a vida de todos”, disse o papa.
“A IA deve visar a pessoa humana e fazer parte dos esforços para alcançar ‘mais justiça, mais fraternidade e uma organização mais humana das relações sociais’, que ‘valem mais do que os progressos técnicos’ ”, disse Francisco citando a constituição pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, e o Catecismo da Igreja Católica.
O papa Francisco disse que a IA “não é uma forma artificial da inteligência humana, mas um produto dela” que, quando usada corretamente, “ajuda a pessoa humana a realizar a sua vocação, em liberdade e responsabilidade”.
“O progresso representado pelo nascimento da IA exige uma redescoberta da importância da comunidade e um renovado compromisso de cuidar da casa comum, que nos foi confiada por Deus”, disse também o papa.
Francisco também disse aos líderes governamentais e empresariais a implementar a IA para “unir os povos” e não simplesmente como um “instrumento” para cooperação econômica.
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“No entanto, existe o perigo de que a IA seja utilizada para promover o ‘paradigma tecnocrático’, segundo o qual todos os problemas do mundo só podem ser resolvidos com os meios tecnológicos”, disse o papa Francisco. “Neste paradigma, a dignidade e fraternidade humanas são frequentemente subordinadas à procura da eficiência, como se a realidade, o bem e a verdade emanassem intrinsecamente do poder da tecnologia e da economia”.
Francisco disse que riscos representados pela IA como o “efeito na crescente crise da verdade no fórum público”, responsabilidade ética e segurança humana devem ser abordados.
“A dignidade humana nunca deve ser violada”, disse o papa. Para ele, os desenvolvimentos tecnológicos que “criam ou aumentam desigualdades e conflitos” não são um verdadeiro progresso. “Por conseguinte, a IA deve ser posta ao serviço de um desenvolvimento mais saudável, mais humano, mais social e mais integral”.
“É necessário adotar respostas adequadas a todos os níveis da sociedade, de acordo com o princípio da subsidiariedade, com utilizadores individuais, famílias, sociedade civil, empresas, instituições, governos e organizações internacionais a trabalhar ao próprio nível para garantir que a IA vise o bem de todos”, disse o papa Francisco.
“Hoje existem grandes desafios e oportunidades, quando a IA se insere num quadro de inteligência relacional, em que todos partilham a responsabilidade pelo bem-estar integral dos outros”, concluiu o papa.
Kristina Millare é jornalista freelance com experiência profissional em comunicação no setor de ajuda humanitária e desenvolvimento, jornalismo de notícias, marketing de entretenimento, política e governo, negócios e empreendedorismo.
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