Shawn Carney, cofundador da campanha pró-vida 40 Days for Life (40 Dias Pela Vida) liderou a celebração no último fim de semana em Barcelona, Espanha, da oitava convenção internacional de voluntários. A organização que promove maratonas de oração pública contra o aborto desde 2007 já salvou cerca de 25 mil crianças.
Cerca de 150 ativistas de 18 países participaram da campanha, que está sendo feita em antecipação à campanha da Quaresma, que vai começar na Quarta-feira de Cinzas, em 5 de março deste ano.
O congresso contou com a presença do bispo de Orihuela-Alicante, Espanha, dom José Ignacio Munilla, e de Francesco Giordano, diretor da organização pró-vida Human Life International.
Também deram testemunho Ramona Trevño, ex-funcionária da Planned Parenthood, maior multinacional de abortos do mundo, e Eneida, uma mãe que desistiu da ideia de abortar seu filho graças à presença de voluntários do 40 Dias pela Vida.
Carney disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que na escolha de Barcelona como sede dessa celebração, pesou “o crescimento que a campanha teve na Espanha e a sua excelente liderança” nos últimos anos, apesar de a iniciativa “ter levado um longo tempo para decolar aqui”.
Diante do número crescente de locais onde campanhas de oração são feitas a cada ano nas proximidades de centros de aborto no Advento e na Quaresma, e do desejo expresso por muitos de desenvolver novas campanhas, Carney destaca “o grande apoio da Igreja Católica”.
Ele disse que, em todas as dioceses onde há campanha, há o apoio do bispo local. “Nunca fomos expulsos de uma diocese”, disse.
Carney conhece bem as dificuldades do país e promete rezar para que ele “volte à sua bela e rica herança católica”.
“A Espanha é um país grande demais para tolerar algo tão ruim quanto o aborto”, disse Carney.
Há também uma razão circunstancial.
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“Nunca houve um impulso maior para o movimento pró-vida nos EUA do que hoje e esperamos que ele se espalhe para a Europa”, diz Carney, ciente do papel desempenhado pelo debate sobre o aborto na reeleição de Donald Trump.
“Mais da metade do nosso país, 26 Estados, proibiram o aborto ou adotaram leis muito restritivas. E um meteorito não atingiu a Terra. O mundo não acabou porque anulamos a decisão Roe x Wade”, disse o líder pró-vida. “Então queremos que os EUA digam à Europa que para fazer parte da civilização ocidental não é preciso apoiar o aborto”.
“O futuro parece muito promissor”, disse Carney. “Essa é uma das poucas frentes culturais em que estamos vencendo”.
Carney destacou que o presidente Donald Trump “parou de financiar a Planned Parenthood internacionalmente”, o que tem um grande impacto na América hispânica.
Não é à toa, diz ele, que “é a maior organização pró-aborto do mundo”.
“Eles exportaram o aborto, especialmente para lugares onde acreditam que não se deveria ter filhos, como África ou América do Sul, como benefício para a família”, diz o líder pró-vida.
Isso contrasta com a percepção de ter filhos em países latino-americanos onde, segundo ele, “as pessoas são a favor da vida e amam a família”.
É o que acontece, disse Carney, na Colômbia e no México, onde “os filhos e a família são vistos como algo bom, não como um fardo”, independentemente de “ter ou não dinheiro suficiente”, porque, sob esse critério, “ninguém teria filhos”.
No entanto, Carney lamentou que “seus governos sejam pró-aborto”. Apesar de tudo isso, ele disse: “Estou otimista quanto ao fechamento de clínicas de aborto em toda a América Latina”.
Nicolás de Cárdenas é um jornalista espanhol especializado em informação sociorreligiosa. Desde julho de 2022 é correspondente da ACI Prensa na Espanha.
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