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11 de fev de 2025 às 10:41
O papa Francisco vai liderar um fórum sobre justiça fiscal e solidariedade no Vaticano na quinta-feira (13) que conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes mundiais, pessoal ou remotamente, abordarão a desigualdade no mundo.
O fórum Justiça Fiscal e Solidariedade: Rumo a um Lar Comum, Inclusivo e Sustentável foi organizado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais e pela Comissão Independente para a Reforma da Tributação Corporativa Internacional (ICRICT, na sigla em inglês).
Depois de uma introdução do secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, o papa Francisco vai abrir o primeiro painel de discussão com “algumas palavras”, disse o ICRICT em comunicado.
Outros discursos são esperados ao longo do dia, como os do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Obrero Español, e de Lula, que participarão virtualmente.
Outras figuras políticas e econômicas, como o ex-presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, e o economista americano Joseph E. Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001 e copresidente do ICRICT, vão estar na sede da Pontifícia Academia de Ciências Sociais.
O objetivo anunciado pelos organizadores no site da Santa Sé é dizer que a desigualdade é alimentada por um sistema tributário internacional injusto.
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“A evasão fiscal por parte de empresas multinacionais é um dos aspectos mais tóxicos da globalização”, diz a Pontifícia Academia de Ciências Sociais.
Os organizadores dizem que algumas grandes corporações, ao transferirem parte de seus lucros para paraísos fiscais, “privam os setores públicos dos recursos críticos necessários para investir em direitos humanos fundamentais”.
Esse é um obstáculo que torna ainda mais difícil enfrentar desafios globais como o combate às mudanças climáticas, as necessidades dos países mais endividados e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“Esses são os principais problemas que a sociedade global enfrenta e precisamos propor reformas internacionais para promover a justiça tributária por meio da cooperação internacional”, dizem os organizadores.
Em 2022, o papa falou sobre esse problema e pediu um sistema fiscal que “deve favorecer a redistribuição da riqueza, salvaguardando a dignidade dos pobres e dos mais pequenos, que correm sempre o risco de serem pisoteados pelos poderosos”.
“Os impostos devem ser justos, equitativos, fixados de acordo com a capacidade de contribuição de cada pessoa”, disse o papa.