Ao se completar uma semana desde a internação do papa Francisco, os médicos que tratam dele reuniram-se aos jornalistas durante a tarde de hoje (21) no átrio do Hospital Policlínico Agostino Gemelli. O encontro contou com a presença de Sergio Alfieri, chefe da equipe médica do Gemelli, e de Luigi Carbone, o médico de referência do papa no Vaticano.
“Não temos nenhum furo de reportagem”, disse Alfieri. “O papa teve uma doença infecciosa e foi inicialmente tratado em casa pelo doutor Carbone e pelo senhor [Massimiliano] Strappetti, seu enfermeiro pessoal. Outras pessoas de 88 anos veem televisão. Ele, aos 88 anos, chefia a Igreja e não se poupa. Está cansado. Luigi Carbone e eu, uma equipe de infectologistas, gastroenterologistas, cardiologistas, pneumologistas, escrevemos os boletins”.
Segundo Alfieri, os boletins divulgados são “a síntese da equipa médica e, em acordo com o papa, damos a notícia: o papa quer que se diga a verdade”.
“O papa está como um homem de 88 anos”, disse o médico. “Foi possível isolar microrganismos, há vírus, fungos e bactérias. Há doenças crônicas que podem ser controladas. O papa mantém o bom-humor: esta manhã, na poltrona não está acamado disse-lhe ‘Bom dia Santo Padre’ e ele respondeu ‘Bom dia, santo filho’.
Segundo o médico, o papa tinha no início uma infecção das vias respiratórias com pus. Não havia pneumonia, mas nos dias seguintes, através de uma tomografia, constatou-se uma pneumonia bilateral que continua.
“O papa não está fora de perigo”, disse Alfieri. “A porta está aberta a ambas as possibilidades. Os tratamentos não são fáceis de equilibrar. O nosso trabalho não é fácil”.
“O papa pediu-nos para dizer que é um homem idoso com doenças crônicas, a cabeça é a de um homem de 50 anos”
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A equipe médica informou que a internação do papa durará “o tempo que for necessário para regressar a Santa Marta em segurança”
Ele continua a trabalhar, ler, e assinar documentos, mas tem uma pneumonia, disse Alfieri e continuará internado. “Se o mandarmos para Santa Marta, voltará a trabalhar como antes”, disse Alfieri. “Ficará aqui pelo menos durante toda a próxima semana. Está melhor, mas a situação pode mudar. Aqui no Gemelli é um ótimo doente”
O médico disse que o papa não está ligado a nenhum aparelho, respira espontaneamente, mas, às vezes, com apoio de oxigênio
“Ele sabe que está em perigo”, disse Alfieri. “O risco pode ser o de uma sépsis, ou seja, a passagem de germes para o sangue. Mas atualmente não existe essa situação”.
Carbone acrescentou que o papa tem comorbidades, “como uma bronquite asmática que pode recrudescer, é um doente frágil”.
Segundo o médico, “o papa é frágil e não está fora de perigo, é preciso muito pouco para haver um desequilíbrio”.
“Devemos concentrar-nos nesta fase, o papa não é um desistente”, disse Carbone. Segundo ele, o papa responde às terapias “que foram reforçadas e não alteradas”.
Jornalista baseado em Roma, trabalhou para a agência de imprensa 'Area', lidando com políticas internas, economia, mas acima de tudo com o Vaticano. Jornalista profissional desde 2008 e credenciado na sala de imprensa na Santa Sé, acompanhou os conclaves de 2005 e 2013. Trabalha atualmente para a ACI Stampa, agência de notícias do grupo EWTN em italiano. Ao lado de seu colega Andrea Gagliarducci, é autor de "La Quaresima dela Chiesa" e "Benedetto XVI, a total Pope".
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