A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) pediu orações “intensas” depois de “massacres” contra civis que aconteceram na região costeira da Síria nos últimos dias.
Os assassinatos de civis, principalmente de alauitas — membros do ramo do islamismo professado pelo ditador deposto Bashar al-Assad — são parte dos esforços do governo de Ahmed al-Sharaa, muçulmano sunita, para reprimir focos de resistência de grupos simpáticos ao líder sírio deposto, que se refugiou na Rússia.
“Nestes momentos de dor e sofrimento, recorremos à única fonte verdadeira de paz: a oração. Pedimos a todos os fiéis que elevem suas vozes ao Senhor, confiando em Seu amor e poder para levar conforto àqueles que mais precisam”, disse Regina Lynch, presidente executiva da ACN, em um comunicado, em que a fundação pontifícia também pediu “oração intensa pela Síria”.
“Que Nossa Senhora da Síria proteja o povo desse país, que sofreu muitas feridas na última década. Agora, mais do que nunca, devemos rezar por sua cura e futuro. Que a fé nos mantenha unidos e que a esperança em Cristo ilumine essa nação sofredora”, disse Lynch.
Nos últimos dias, imagens de massacres contra civis alauitas chocaram a opinião pública internacional. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 973 civis foram mortos.
Citando fontes mantidas anônimas por razões de segurança, a ACN disse que 7 de março foi "um dia muito sombrio e doloroso" nas cidades costeiras de Tartus, Baniyas, Jableh, Latakia, e em vilas próximas, dizendo que "massacres foram cometidos contra muitos alauitas, muitas vezes indiscriminadamente, em resposta a uma emboscada de alguns militantes alauitas que mataram cerca de 20 membros das novas forças de segurança".
“O número de vítimas é muito triste; a maioria civis”, disseram fontes da ACN, ressaltando que entre eles estavam “jovens, mulheres, médicos universitários e farmacêuticos”.
“Algumas famílias com seus filhos foram mortas a sangue frio”, disseram as fontes.
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Cristãos também foram mortos, como “um pai e seu filho de uma igreja evangélica em Latakia, que foram parados em seu carro e mortos, e o pai de um padre em Baniyas”.
As fontes também citaram o caso da aldeia cristã de Belma, “onde não há armas e a maioria dos moradores são idosos”.
Nesse local “a população sofreu dois dias de terror, com suas casas violadas e seus bens roubados”.
A ACN também cita a declaração de 9 de março do vigário apostólico de Aleppo, dom Hanna Jallouf, que disse: “Nós nos unimos à voz de cada pessoa honesta e patriota neste país, enfatizando nossa rejeição a todas as formas de violência, vingança e represálias baseadas em motivos sectários e religiosos”.
“Pedimos às autoridades do país para que ponham fim rapidamente a esses ataques, que são incompatíveis com todos os valores humanos, morais e religiosos”, disse dom Jallouf.
A fundação pontifícia também cita a homilia dita na catedral Mariamita em Damasco, capital da Síria, em 9 de março, pelo patriarca ortodoxo João X Yazig, que disse que “a maioria das vítimas não estava filiada a nenhum grupo militante”.
“Eles eram civis inocentes e desarmados, como mulheres e crianças. A santidade e a dignidade das pessoas foram violadas, e os lemase cânticos usados estão espalhando divisão, estimulando o sectarismo e minando a paz civil”, disse o líder cristão ortodoxo.
O patriarca denunciou que “o ícone de Nossa Senhora foi destruído, pisoteado e profanado”.
“Ela é Nossa Senhora, a quem todos os muçulmanos honram junto conosco, e a quem o Alcorão Sagrado dedicou um capítulo inteiro — Surata Maryam — dizendo que Deus a escolheu e a fez a mais honrada entre todas as mulheres do mundo”, disse o patriarca.
David Ramos é editor-chefe da ACI Prensa. Cobriu as viagens do papa Francisco para o Equador, Paraguai, México, Colômbia, Chile e Peru.
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