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21 de mar de 2025 às 15:40
O ícone de Nossa Senhora de Czestochowa, a Virgem Negra padroeira dos poloneses, chegou hoje ao Rio de Janeiro (RJ) para uma peregrinação em defesa da vida. Além do Rio, a imagem vai percorrer as cidades de Petrópolis (RJ), Cachoeira Paulista (SP), São Paulo (SP), Aparecida (SP), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR) e Curitiba (PR).
A peregrinação “De Oceano a Oceano” é uma iniciativa do movimento pró-vida na Polônia para promover a devoção mariana em defesa da vida. O Brasil é o 30º país a receber a visita do ícone.
O bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, dom Tiago Stanislaw, polonês de nascimento, disse ao jornal Testemunho de Fé que a iniciativa começou em 2012 com os leigos da Polônia e de outros países da região, porque o aborto havia se tornado um método anticoncepcional na Rússia.
“Diante de muitas vidas perdidas, os leigos pró-vidas pensaram em pedir a intervenção especial do céu, de Nossa Senhora, e foi exatamente assim que se pensou em uma peregrinação, no início a começar na parte asiática da Rússia, em Vladivostok, e terminaria em Portugal, no Santuário de Fátima”, disse.
“Depois, apareceram outros interessados em acolher o ícone de Nossa Senhora, e numa segunda etapa, a peregrinação foi para os EUA, Canadá, depois México, passou pelo Panamá, durante a Jornada Mundial da Juventude”.
O ícone estará na arquidiocese do Rio de Janeiro em três momentos: de 21 a 26 de março, nos dias 2 e 3 de abril e de 8 a 12 de abril de 2025. Dom Tiago convidou todos os que valorizam a vida a participar desse momento. “Para que a nossa união e oração em defesa da civilização da vida e do amor possa trazer os frutos desejados”.
“A cultura da morte está tomando cada vez mais o espaço dos corações das pessoas e da vida social, e entendemos que só com a ajuda do céu, pela qual clamamos a intercessão de Nossa Senhora, vamos conseguir vencer e assim preservar a civilização da vida e do amor”, concluiu.
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O ícone de Nossa Senhora de Częstochowa
O ícone de Nossa Senhora de Częstochowa fica na Polônia, no mosteiro dos padres paulinos, em Jasna Góra. Segundo a tradição, foi pintado por são Lucas Evangelista sobre um tampo de mesa que teria pertencido à Sagrada Família, em Nazaré. Ao longo dos séculos, essa imagem milagrosa passou por Bizâncio, Rússia, Ucrânia, Hungria, até se estabelecer definitivamente na Polônia.
Em 1430, durante um ataque ao mosteiro, o ícone foi profanado e vandalizado, e o rosto de Nossa Senhora foi cortado com lâminas. Depois da restauração da imagem, as cicatrizes permaneceram visíveis, tornando-se um símbolo poderoso da Mãe Dolorosa.
Os poloneses têm uma grande devoção a esse ícone e, no século XVIII, o rei da Polônia, João Casimiro Vasa, proclamou Nossa Senhora de Częstochowa Rainha da Polônia, coroando-a solenemente. Todos os anos, milhões de peregrinos visitam o santuário de Jasna Góra para rezar diante da imagem.