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21 de mar de 2025 às 14:44
A Planned Parenthood da Grande Nova York está vendendo o prédio de sua única clínica de aborto em Manhattan, na cidade de Nova York, diante da qual católicos pró-vida de Nova York rezam há anos.
A Planned Parenthood, maior multinacional de abortos do mundo, anunciou a venda do prédio na quarta-feira (19), quando a empresa disse estar “com dificuldade para superar obstáculos sociais e políticos e desafios estruturais no sistema de saúde do país”.
Wendy Stark, diretora executiva da clínica, disse que os fundos da venda das instalações de Manhattan seriam canalizados para “comunidades sistemicamente carentes, as pessoas que mais precisam de nós”.
Planned Parenthood disse que o prédio está “desatualizado” e “não projetado para atender às necessidades de saúde do futuro”.
‘Um milagre’ e ‘uma resposta à oração’
“Se você passou algum tempo do lado de fora dessa clínica da Planned Parenthood, sabe que estamos deixando nosso legado”, disse ontem (20) Kathyrn Jean Lopez, ativista pró-vida, pesquisadora sênior e editora da revista conservadora National Review, à CNA, agência em inglês da EWTN.
“Muitas garotas negras e hispânicas vão lá para fazer abortos”, disse ela. “É simplesmente devastador. Essa Planned Parenthood em particular, é um carro-chefe. Não é pouca coisa que ela esteja fechando”.
Lopez disse ter “passado muito tempo fora daquela clínica”. Seu fechamento, disse ela, “é definitivamente uma resposta à oração e ao sacrifício, sem dúvida”.
Ela passou mais de um ano e meio participando de vigílias de oração e fazendo aconselhamento na calçada do lado de fora da clínica de aborto em Manhattan quase todos os dias, disse ela.
Ainda que Lopez tenha reconhecido o fechamento do prédio como um marco para o movimento pró-vida depois de décadas de oração, ela disse que o cenário da indústria do aborto mudou, com a maioria dos abortos ocorrendo “nas sombras” por meio de drogas abortivas como a mifepristona.
O espaço para encontros entre mulheres que passam por gestações de crise e o movimento pró-vida está se tornando menos frequente, disse Lopez.
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“Na verdade, acho que o desafio agora é excelente, porque nos obriga em todos os encontros humanos a mostrar como é a dedicação à santidade da vida humana”, disse também ela.
“Em última análise, é disso que trata o movimento pró-vida. Não se trata de debater o aborto. Trata-se de mostrar às pessoas que as amamos e que suas vidas são eternamente valiosas. E eles foram amados para a existência pelo criador do universo. Cada um de nós foi”, disse ela.
O instituto religioso Sisters of Life (Irmãs da Vida) disse ontem à CNA que “o anúncio do fechamento da Planned Parenthood em Manhattan é uma resposta incrível à oração”.
O instituto agradeceu aos que organizaram e participaram de vigílias de oração ao longo dos anos, como o Testemunho pela Vida mensal – uma missa e procissão de reza do terço nos primeiros sábados do mês que ocorre desde 2008 – e os esforços da campanha de oração e jejum 40 Days for Life (40 Dias pela Vida), presente em Manhattan desde 2015.
“É através da oração que a cultura da morte se transformará em cultura da vida, e nos alegramos em ver o fruto dessa oração constante e fiel”, disse o instituto.
“Também reconhecemos a providência de Deus, pois o anúncio foi feito na solenidade de são José e na semana do 30º aniversário da encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida) do papa João Paulo II”.
O fechamento “pode parecer só mais uma decisão de negócios, outra vítima da pressão financeira para o mundo exterior”, disse na quarta-feira (19) o fotógrafo católico Jeffrey Bruno, do jornal National Catholic Register, da EWTN.
Mas “para os que se ajoelharam naquelas calçadas, que abriram seus corações em oração, parece algo muito mais profundo: um milagre – um momento em que o céu tocou a terra e as incontáveis orações dos fiéis foram respondidas”.
Bruno, que fotografou vigílias de oração pró-vida do lado de fora da clínica de Manhattan por décadas, disse ao Register que “parecia especialmente apropriado que o anúncio viesse hoje, na festa de são José”, a quem ele descreveu como o “guardião da Sagrada Família”.
“A batalha pela vida está longe de terminar; mas, hoje, há motivos para comemorar, porque isso revela em primeira mão como Deus trabalha de maneiras que nem sempre podemos ver”, escreveu o fotógrafo.
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“E hoje, testemunhamos um vislumbre — prova de que, por meio da oração, confiança e amor, os milagres podem acontecer. E às vezes, eles acontecem numa rua tranquila de Manhattan”.
A clínica de aborto, que existe desde o início dos anos 1990, já teve o nome de Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood. Há menos de cinco anos a organização decidiu tirar nome de Sanger da clínica de aborto por causa das “conexões prejudiciais com o movimento eugênico”.
Sanger defendia o aborto como modo de fazer nascerem menos crianças negras nos EUA.