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8 de abr de 2025 às 12:52
A Igreja se prepara para um marcante incluído no calendário do Jubileu 2025: a canonização de Carlo Acutis.
O jovem italiano, que morreu em 2006, aos 15 anos, de leucemia, tornou-se uma testemunha da fé no século XXI. Sua paixão pela Eucaristia e sua capacidade de usar as novas tecnologias para a evangelização deram-lhe o apelido de “o ciberapóstolo da Eucaristia”.
Dom Domenico Sorrentino, bispo de Assis, cidade onde Acutis foi beatificado em 2020 e onde estão seus restos mortais, disseà CNA, agência em inglês da EWTN, que durante a cerimônia em que Acutis será declarado santo em 27 de abril na praça de São Pedro, no Vaticano, uma de suas relíquias mais significativas estará presente no altar: seu coração.
“Normalmente é exposto para a veneração dos fiéis na catedral de Assis, mas será levado a Roma para a celebração”, diz dom Sorrentino.
As relíquias são uma tradição da Igreja desde o início. Em Roma, nos primeiros séculos do cristianismo, quando o Império perseguia os cristãos, costumava-se celebrar missa nas catacumbas da cidade sobre o túmulo de algum mártir. Daí vem o respeito litúrgico pelas relíquias.
“Muitas são colocadas nos altares, como se dissessem que os corpos santos são o altar mais belo para celebrar a Eucaristia”, disse o bispo. “Os fiéis querem ver as relíquias para ter uma experiência mais sensível da proximidade dos santos”.
Assim, o coração do primeiro santo millennial é uma lembrança tangível de que a santidade não é coisa do passado, mas está ao alcance de todos.
Evitando uma “devoção mágica”
Dom Sorrentino também adverte sobre a necessidade de uma compreensão correta das relíquias para não acabar ligando-as à superstição.
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“Às vezes é de se lamentar que, para pessoas menos instruídas, possa haver uma certa tendência à devoção mágica”, disse o bispo de Assis. “Isso é algo que devemos corrigir”.
Assim, dom Sorrentino diz que as relíquias são, acima de tudo, um canal que deve “levar ao santo, e até além, a Jesus”.
“O importante é que esse contato com os santos leve todos ao desejo de se tornarem santos”, diz o bispo.
Para o bispo italiano, o contato com as relíquias de Carlos Acutis deve acender nos jovens o desejo de viver radicalmente sua fé e de venerar a Eucaristia “como ele”.
Uma catequese adequada
Assim, o bispo diz ser necessário que a emoção suscitada pela sua canonização seja acompanhada por uma compreensão mais profunda e ponderada do significado da santidade.
Por isso, dom Sorrentino defende a necessidade de desenvolver “uma catequese adequada” em torno da figura de Carlo Acutis “para que seu significado seja plenamente compreendido”.
“Se sua canonização levar não só a uma certa afeição emocional, mas a uma melhor compreensão da fé cristã, então podemos ser verdadeiramente felizes”, conclui o bispo de Assis.