Renovação carismática se reúne em Roma para o Jubileu da Esperança

Em 2017, o papa Francisco disse querer criar um único serviço para o movimento eclesial. Dois anos depois, esse desejo se tornou realidade com o nascimento do CHARIS, que atualmente está sob o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida da Santa Sé.

Ao contrário de outros organismos eclesiais, o CHARIS não é uma associação pública de fiéis, mas uma entidade estabelecida pela Santa Sé.

O CHARIS foi lançado oficialmente em 9 de junho de 2019, na festa de Pentecostes, na Aula Paulo VI, no Vaticano, numa cerimônia com a presença do papa Francisco, em que ele também falou aos participantes.

Brenti falou sobre a “tríplice missão” que o papa confiou ao CHARIS naquela ocasião: divulgar o batismo no Espírito Santo com toda a Igreja; servir a unidade do corpo de Cristo, a Igreja, sem esquecer a diversidade que a compõe; e servir os pobres e os mais necessitados, física ou espiritualmente.

A secretária executiva do CHARIS enfatizou que sua missão fundamental é “encorajar toda a renovação carismática a viver plenamente essa tríplice dimensão: evangelização, unidade e serviço aos mais pobres, como uma corrente de graça no coração da Igreja”.

‘Uma corrente de graça’

Para Brenti, a renovação carismática é “uma corrente de graça” em que as pessoas “experimentam o Espírito Santo como pessoa, sabendo que, muitas vezes, as pessoas O ‘esquecem’ e preferem rezar ao Pai ou ao Filho”.

“É também uma inspiração espiritual que permite que todos tenham um encontro pessoal com Cristo, mesmo que não sejam católicos ou mesmo que já tenham sido batizados”, disse também Brenti.

A diretora executiva da CHARIS enfatizou que o Espírito Santo “é verdadeiramente essencial e central” para a missão.

“Ele é quem nos guia e nos leva a lugares que talvez nunca tivéssemos imaginado”, disse ela.

Por ocasião do encontro feito em Roma, o papa Francisco dirigiu-se ao CHARIS, no qual exortou os membros desse serviço a “serem testemunhas e artífices de paz e unidade e a buscarem sempre a comunhão, a partir de seus próprios grupos e comunidades”.

Francisco também pediu que o relacionamento deles com seus líderes nunca seja “uma fonte de conflito”.

Essas palavras do papa foram para Brenti “um presente precioso, junto com a hospitalidade” que receberam no Vaticano.

“É provavelmente a primeira vez em séculos que um grupo como o nosso pôde se reunir no pátio de São Dâmaso, rezar, cantar, livremente e ter um encontro”, enfatizou ela.

Brenti disse que eles também puderam passar pela porta santa da basílica de São Pedro e assistir à missa no Altar da Confissão, “que estava mais do que cheio de pessoas da renovação carismática”.

“Éramos cerca de mil. Fomos autorizados a louvar ao Senhor e cantar como estamos acostumados”, disse ela.

“No CHARIS, estamos todos a serviço de todos, com o objetivo de promover a comunhão e a paz entre todas as entidades da renovação carismática, bispos e párocos”, concluiu Brenti.