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30 de abr de 2025 às 15:55
O arcebispo de Port Moresby, Papua-Nova Guiné, cardeal John Ribat, disse ontem (30) que os cardeais estavam levando em conta as qualidades necessárias para o próximo sucessor de Pedro, e que, para ele, um alto nível de santidade pessoal, além de ser uma figura unificadora, será primordial.
“A santidade pessoal é muito importante para o próximo papa”, disse o cardeal Ribat à imprensa ao deixar a congregação-geral ontem de manhã.
“Deve ser alguém aberto e no controle, não de um modo ruim, mas de um modo que nos mantenha todos juntos, caminhando juntos em unidade”, disse também o cardeal.
Respondendo ao jornal National Catholic Register, da EWTN, sobre os principais tópicos discutidos na reunião desta manhã, o cardeal Ribat disse que o foco estava em “questões da Igreja” e “o que o papa Francisco fez e também o que deveríamos estar fazendo”. Questões sobre “juventude, outras culturas, religiões e coisas em que o papa Francisco estava trabalhando”, junto com a “sinodalidade”, também foram mencionadas, disse o arcebispo.
O cardeal Ribat, de 68 anos, foi um dos poucos cardeais dispostos a falar com a mídia ao sair pela Porta del Perugino, no Vaticano. Muito interessado por justiça social, meio ambiente e ecumenismo, ele é o primeiro cardeal de seu país, criado cardeal pelo papa Francisco em 2016.
O cardeal disse que é muito cedo para dizer de qual país o novo papa provavelmente será eleito.
“Ainda não discutimos realmente de onde precisamos que o papa venha”, disse o cardeal Ribat. “Isso ainda está em aberto”, disse também o arcebispo, citando um cardeal que disse: “Já temos um papa entre nós, mas não sabemos quem ele é ou de onde ele vem”.
Ele também não prevê quanto tempo o conclave duraria, dizendo que, é claro, isso dependerá “se todos estariam a favor de um candidato ou de muitos; teremos que decidir isso”.
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A sexta sessão
A congregação-geral de ontem (29) foi a sexta sessão desde que os cardeais começaram na semana passada. Congregações são reuniões de todos os cardeais, eleitores e não eleitores, em que vários assuntos são discutidos. A Santa Sé disse que 183 cardeais estavam presentes na sexta sessão, entre eles 124 cardeais eleitores. Cerca de 20 cardeais tomaram a palavra.
Depois de concordarem sobre a logística e a data de início do conclave na semana passada, as congregações-gerais abordaram tópicos importantes sobre as necessidades atuais da Igreja, ao estado da Cúria e seu trabalho, e aos desafios que a Igreja, o mundo e o próximo papa enfrentam. Eles continuarão até o início do conclave, marcado para 7 de maio.
Em entrevista coletiva ontem, Matteo Bruni, porta-voz da Santa Sé, disse que os cardeais abordaram tópicos sobre a Igreja e aos desafios que ela enfrenta, fazendo reflexões baseadas nas perspectivas de seus continentes e regiões de origem, e possíveis respostas da Igreja. Bruni disse também que o cardeal Giovanni Angelo Becciu obedeceria à vontade do papa Francisco e não participaria do conclave.
Seguindo a tradição
A Santa Sé confirmou ontem que o conclave seguirá o mesmo programa do anterior, em 2013, com o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio de Cardeais, rezando a missa votiva Pro Eligendo Papa (Missa para a Eleição do Papa) na próxima quarta-feira (7) às 10h (5h no horário de Brasília), na basílica de São Pedro.
O conclave começará oficialmente às 16h30 (11h30 no horário de Brasília) e, segundo a tradição, um culto de oração vai ocorrer na Capela Paulina. Os cardeais eleitores participarão do culto, recitando a Ladainha de Todos os Santos antes de entrarem na Capela Sistina em procissão.
Os cardeais vão cantar o hino Veni Creator Spiritus e então farão o juramento solene de cumprir fielmente o munus Petrinum (“ministério petrino”) se algum deles for eleito papa e de manter segredo absoluto sobre o conclave.