Espera-se que 133 cardeais eleitores entrem na Capela Sistina, no Vaticano, para eleger o novo papa, sucessor do papa Francisco, que evitou dar chapéus vermelhos às arquidioceses tradicionais, mas optou por dar a honra a lugares distantes, muitos dos quais nunca tiveram um cardeal antes.
Dos 133 cardeais com direito a voto neste conclave, 108 foram criados pelo papa Francisco e, portanto, participarão da eleição de um papa pela primeira vez.
Em comparação com o conclave de 2013 que elegeu o papa Francisco, várias das principais sedes normalmente chefiadas por um cardeal estará representada desta vez, como as arquidioceses de Sydney, Austrália; Viena, Áustria; Gênova, Palermo e Milão, Itália; Paris, França; Armagh, Irlanda do Norte e Cracóvia, Polônia.
A escolha do papa Francisco de cardeais de países e sedes não tradicionais mudou drasticamente o que costumavam ser representações grandes e poderosas no Colégio de Cardeais, como os cardeais da Itália.
Agora, 52 europeus entrarão na Capela Sistina, menos da metade de todo o corpo eleitoral. Desses 52, só 17 são italianos, entre eles cardeais da Cúria — os que trabalham dentro do Vaticano — e os que moram em Roma. No conclave de 2013, 28 cardeais eram de origem italiana.
O continente africano tem sete cardeais eleitores a mais do que no último conclave, com um total de 18, e a representação da Ásia aumentou de dez para 20 em 2013.
Os países representados pela primeira vez por um cardeal eleitor são Haiti, Mongólia, Mianmar, Malásia, Tonga, Cabo Verde, Timor-Leste, Suécia, Irã, Luxemburgo, Singapura, Sudão do Sul, Gana, Ruanda, El Salvador, Bangladesh, República Centro-Africana, Papua-Nova Guiné e Sérvia.
Outra mudança no Colégio de Cardeais feita pelo papa Francisco foi a decisão de ultrapassar o limite de 120 cardeais que votam estabelecido pelo papa são Paulo VI e confirmado pelo papa são João Paulo II. Esse limite foi excedido em junho de 2017, quando Francisco nomeou cinco novos cardeais, elevando o total para 121. O número total de cardeais eleitores é atualmente de 135.
Na constituição apostólica que rege uma “sede vacante”, Universi dominici gregis, diz-se que um cardeal que foi “criado e publicado em Consistório, tem por isso mesmo o direito de eleger o Pontífice” se não tiver atingido a idade de 80 anos.
Sob o papa Francisco, também houve um aumento de cardeais eleitores representando as Igrejas Católicas Orientais “sui iuris”: o cardeal Mykola Bycok (Igreja Greco-Católica Ucraniana); o cardeal George Jacob Koovakad (Igreja Siro-Malabar); o cardeal Baselios Cleemis Thottunkal (Igreja Siro-Malankar); o cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel (Igreja Metropolitana Etíope “sui iuris”); e o cardeal Louis Raphaël Sako (Igreja Caldeia).
Outras áreas geográficas não viram grandes mudanças no número de cardeais que votam.
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Os EUA terão dez cardeais que votam, um a menos que nos conclaves de 2005 e 2013. O Canadá terá quatro e o México terá dois representantes na Capela Sistina.
Da Europa, haverá cinco cardeais eleitores da França, quatro da Espanha, quatro de Portugal e da Polônia, três da Alemanha e do Reino Unido, dois da Suíça e um da Bélgica, da Bósnia, da Croácia, da Hungria, da Lituânia, de Luxemburgo, de Malta, da Holanda, da Sérvia e da Suécia.
Da América Central, haverá na Capela Sistina um cardeal de Cuba, um da Nicarágua, um da Guatemala e um do Haiti. Da América do Sul, haverá sete cardeais do Brasil, quatro da Argentina (foram dois cardeais em 2013 e um cardeal em 2005) e um de cada do Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
Entre os 18 cardeais africanos, há dois da Costa do Marfim e um da Argélia, o arcebispo de Argel, cardeal Jean-Paul Vesco, que é francês de nascimento, um de Burkina Faso, um de Cabo Verde, um da República Centro-Africana, um da República Democrática do Congo, um da Etiópia, um de Gana, um da Guiné, um do Quênia, um de Madagascar, um do Marrocos, o arcebispo de Rabat, cardeal Cristóbal López Romero, nascido na Espanha, um da Nigéria, um de Ruanda, um da África do Sul, um do Sudão do Sul e um da Tanzânia.
Há 20 cardeais asiáticos que participarão do conclave: quatro da Índia, três das Filipinas, dois do Japão e um da China, um de Timor-Leste, um da Indonésia, um da Coreia do Sul, um da Malásia, um da Mongólia, o cardeal Giorgio Marengo, italiano, um de Mianmar, um do Paquistão, um de Singapura, um do Sri Lanka e um da Tailândia.
O Oriente Médio será representado por três cardeais, um da Terra Santa, o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, nascido na Itália, um do Irã, o arcebispo de Teerã-Isfahan, cardeal Dominique Joseph Mathieu, nascido na Bélgica, e um do Iraque.
Da Oceania, quatro cardeais poderão votar: um da Austrália, o bispo da eparquia dos santos Pedro e Paulo de Melbourne para os católicos ucranianos na Austrália, Nova Zelândia e Oceania, cardeal Mykola Bychok, que nasceu na Ucrânia, um da Nova Zelândia, um de Papua-Nova Guiné e um de Tonga.
Marco Mancini, da ACI Stampa, agência em italiano da EWTN, contribuiu para esta reportagem.
Hannah Brockhaus é jornalista correspondente da CNA em Roma (Itália). Ela cresceu em Omaha, no estado americano de Nebraska e é formada em Inglês pela Truman State University no Missouri (EUA).
Na edição de maio da revista mensal do jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, intitulada “Donne Chiesa Mondo” (“Mulheres, Igreja, Mundo”), em primeiro plano está uma reportagem
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