Agostinianos, provincial do Centro-Oeste: Leão XIV atento à dignidade das pessoas

13/maio/2025

Uma imagem do Pontífice nas palavras do padre Anthony Pizzo. Como missionário, o Papa Prevost passou “uma longa parte de sua vida na América do Sul e, como Chicago é uma cidade de imigrantes, ele é obviamente muito sensível à difícil situação dos migrantes”

Giada Aquilino – Vatican News

Um homem “íntegro”, que “respeita profundamente a dignidade das pessoas”, “sabe escutar, é muito atento quando as pessoas falam com ele e responde com a mesma atenção”, “ao mesmo tempo, é firme em suas convicções”. De Leão XIV, descreve sobretudo o homem e o pastor, o padre Anthony Pizzo, prior provincial dos agostinianos do Centro-Oeste, com sede em Chicago, mas responsável por parte dos Estados Unidos, Canadá e norte do Peru. O padre Pizzo, como disse à mídia vaticana durante uma breve permanência em Roma nestes dias, conhece Robert Francis Prevost há mais de cinquenta anos, desde 1974, quando frequentaram a Universidade Villanova, na Pensilvânia.

Entre Chicago e a América do Sul

Já durante seu tempo em Chicago - "na época era padre Prevost", depois provincial dos agostinianos, "era meu antecessor", diz padre Pizzo - "sempre foi muito sensível às questões sociais", inclusive "das pessoas que cruzavam as fronteiras". O agostiniano, assim como o Papa nascido em Chicago e de origem italiana (as origens de Leão XIV também são francesas e espanholas), insiste nesse ponto. Prevost, como missionário, passou "uma longa parte de sua vida na América do Sul e, como Chicago é uma cidade de imigrantes, o Papa é obviamente muito sensível à difícil situação dos migrantes em geral. Ele tem a experiência de ter vivido e trabalhado com pessoas de outra cultura. E isso é particularmente verdadeiro se pensarmos na forte presença de imigrantes latinos nos Estados Unidos, do México e de outros países latino-americanos”, que foram os destinatários das medidas restritivas decididas pela administração de Donald Trump nos últimos meses.

Ler os corações e as mentes dos migrantes

Em suas primeiras palavras após sua eleição, o Papa Prevost falou de uma Igreja unida, sempre buscando a paz, a justiça, proclamando o Evangelho, “para sermos missionários”. “Acredito que sua experiência em uma nação como o Peru o levou a ser capaz de ler muito bem os corações e as mentes das pessoas em uma condição de migração”. E, na escolha do nome, Leão XIV, o confrade lê uma referência a “questões que dizem respeito tanto à sociedade quanto à Igreja”, com “Leão XIII, que em 1891 escreveu a primeira encíclica social da Igreja intitulada Rerum novarum, sobre o trabalho”. Porque, acrescenta, “as questões que afetam as pessoas, seja qual for o governo do país em que se encontram, interessam a Igreja, que está disposta a ouvir e responder de forma eficaz e generosa”.

O Papa, no mesmo dia de sua eleição, quis saudar em espanhol sua “querida” diocese, Chiclayo, no Peru, da qual foi bispo. "Todos estão muito felizes. E não só em Chiclayo, mas também no resto do território, em Chulucanas, e em todo o país". Naquele país, ele foi um “pai, um irmão, um pastor, um canonista, um formador”, entre outras coisas. “Quando ele se tornou bispo lá, fui visitá-lo e - lembra o padre Pizzo - vi uma relação maravilhosa com sua diocese, que é relativamente grande, ele tinha um grande apoio do clero. E o apreço das pessoas, cuja experiência ele foi capaz de absorver e integrar em sua própria vida".

A alegria do Evangelho

O lema episcopal do Papa Prevost é In Illo uno unum, palavras que Santo Agostinho utilizou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora os cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”. Para o padre Pizzo, "o primeiro Papa norte-americano e o primeiro Papa agostiniano" continuará a difundir "a alegria do Evangelho: sei que é um homem muito pragmático e nos ajudará a integrar o Evangelho de Cristo em nossas vidas, a integrar a fé de maneira prática" em nossa vida cotidiana.

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