O papa Leão XIV tomou posse hoje (2) da basílica de São Paulo Fora dos Muros, uma das quatro basílicas papais nos arredores de Roma. Leão XIV rezou no túmulo de são Paulo, o Apóstolo dos Gentios.
Ao chegar, pouco depois das 17h (meio-dia no horário de Roma), o papa foi recebido pelo padre abade da basílica, Donato Ogliari, e pelo arcipreste da basílica, cardeal James Michael Harvey.
Acompanhado por monges beneditinos, guardiões do templo erguido sobre o túmulo do apóstolo são Paulo, o papa Leão XIV entrou na basílica pela porta santa, enquanto ressoavam os cantos do coral da Capela Sistina e da comunidade beneditina.
Ele então foi ao altar da confissão para venerar o túmulo de são Paulo, ajoelhando-se em silêncio. Depois que ele voltou à abside do templo, foi lido um trecho da carta de são Paulo Apóstolo aos Romanos.
Graça, fé e justiça
Em sua homilia em italiano, o papa enfatizou que a leitura gira em torno de três temas: "graça, fé e justiça", e confiou seu pontificado à intercessão do chamado Apóstolo dos Gentios.
Depois, Leão XIV disse aos cerca de dois mil fiéis reunidos na basílica que São Paulo disse ter recebido “de Deus a graça do chamado”:
"Ele reconhece que o seu encontro com Cristo e o seu ministério estão ligados ao amor com que Deus o amou primeiro, chamando-o a uma nova existência, quando ele ainda estava longe do Evangelho e perseguia a Igreja", disse o papa.
Ele também citou o convertido santo Agostinho, pai espiritual da ordem a que o papa pertence, "que fala da mesma experiência".
Leão XIV enfatizou que “na raiz de toda a vocação está Deus: a sua misericórdia, a sua bondade, generosa como a de uma mãe, que naturalmente, através do seu próprio corpo, alimenta o seu filho quando este ainda não é capaz de se alimentar a si mesmo”.
O Senhor “não o privou da liberdade, mas deixou-lhe a possibilidade de uma escolha, de uma obediência que era fruto do esforço, de lutas interiores e exteriores, que ele aceitou enfrentar”.
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O papa disse que “a salvação não acontece por magia, mas por um mistério de graça e de fé, do amor prévio de Deus e da adesão confiante e livre do homem”.
Leão XIV exortou os fiéis a rezar para que também saibam “responder do mesmo modo aos seus convites, tornando-nos testemunhas do amor derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
“Pedimos-lhe que saibamos cultivar e difundir a sua caridade, tornando-nos próximos uns dos outros, no mesmo combate de sentimentos que, a partir do encontro com Cristo, levou o antigo perseguidor a fazer-se ‘tudo para todos', até ao martírio”, disse também o papa.
Leão XIV também enfatizou que “na fraqueza da carne, para nós como para ele, revelar-se-á o poder da fé no Deus que justifica”.
Deus nos ama
Da basílica, confiada aos cuidados da comunidade beneditina, o papa Leão XIV falou também sobre são Bento, que propôs “o amor como fonte e motor do anúncio do Evangelho”, falando também sobre suas exortações “à caridade fraterna”.
O papa terminou sua homilia citando o papa Bento XVI e as suas palavras na Jornada Mundial da Juventude, em Madri, Espanha, em 2011: “Queridos amigos – disse – Deus nos ama. Esta é a grande verdade da nossa vida e que dá sentido a tudo o mais. [...] na origem da nossa existência, há um projeto de amor de Deus» e a fé «nos leva a abrir o nosso coração a este mistério de amor e a viver como pessoas que se sabem amadas por Deus”.
“Essa é a raiz, simples e única, de toda a missão, incluindo a minha, como sucessor de Pedro e herdeiro do zelo apostólico de Paulo. Que o Senhor me dê a graça de corresponder fielmente ao seu chamamento”, concluiu Leão XIV.
No fim da homilia, o papa ajoelhou-se novamente diante do altar, que fica acima do túmulo do apóstolo. Mais tarde, a Oração do Senhor foi cantada em latim e o Regina Caeli.
O papa Leão XIV deixou a basílica em procissão, acompanhado por monges beneditinos, sob os aplausos dos fiéis.
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Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.
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