Ambientador paroquial da esperança marca Ano Santo em duas comunidades da Diocese de Lamego – Agência ECCLESIA

22/maio/2025

Este é um artigo do site ECCLESIA.

Padre Luís Rafael Azevedo sublinha desejo de chegar à «vida concreta das pessoas»

Foto: Padre Luís Rafael Azevedo

Lamego, 22 mai 2025 (Ecclesia) – As Paróquias de Oliveira do Douro e de Ramires (Cinfães), na Diocese de Lamego, entregaram ambientadores à comunidade, a partir da visita pascal, com os seus logotipos e o do Ano Santo 2025, para pendurar no carro ou em casa.

“O ambientador surge da necessidade de colocarmos a vivência deste Ano Jubilar na vida concreta das pessoas, por um lado, é importante que o Jubileu marque o ritmo da vida concreta da comunidade, mas, por outro lado, é importante que o Jubileu também vá fazendo parte da vida do dia-a-dia das pessoas”, disse o pároco de São Miguel de Oliveira do Douro e de Santa Marinha de Ramires, na Zona Pastoral de Cinfães, em declarações à Agência ECCLESIA.

Os ambientadores das Paróquias lamecenses de Oliveira do Douro e de Ramires têm de um lado o logotipo do Ano Santo 2025, o Jubileu da Esperança, “assinalando este ano especial”, e do outro lado o logotipo da respetiva paróquia, por isso, o pároco mandou produzir esta lembrança “em quantidades diferentes para as duas comunidades”.

“Para que as pessoas, as famílias, pudessem colocar nos automóveis ou em algum lugar mais indicado, há pessoas que podem não ter carro, e foi colocado em casa, pendurado em alguma moldura, num candeeiro. Aquilo cheira bem, e tanto pode cheirar bem no carro, como numa divisão da casa”, salientou o padre Luís Rafael Azevedo.

Começarmos a ver quando os carros passam o ambientador e acaba por criar uma certa conexão entre as várias pessoas que ao colocarem o ambientador dão sinal claro que pertencemos todos à mesma família, que é uma comunidade paroquial, que estamos neste caminho de esperança, neste ano jubilar. É óbvio que passado uns dias o aroma do ambientador irá passar, mas o objetivo é que tendo colocado no espelho fique até ao final do ano jubilar e que assim nos desperte a todos a continuar a fazer caminho.”

Fotos: Padre Luís Rafael Azevedo

O jovem sacerdote explicou que a ideia de mandar fazer ambientadores surgiu “a partir dos textos pascais”, que falam do ressuscitado e “do jardim da ressurreição”, e no jardim “há de haver flores, perfume, e era interessante que as pessoas despertassem também essa capacidade olfativa”.

“Visualmente e a nível da audição vamos produzindo muitas coisas a nível da Igreja, cartazes para ver, músicas para cantar, mas o olfato, tirando o incenso na Missa, não haverá muitas formas de conseguir enveredar por caminhos que despertem esse sentido”, acrescentou.

O pároco lembra que testou vários aromas, recebeu 12, que foi colocando pelas divisões da casa, no escritório, e no carro, no final selecionou três, “dois mais frutados, com aroma a tutti-frutti e a maçã”, e um neutro, que lembra o “cheiro a carro novo”.

Os ambientadores paroquiais da esperança começaram a ser distribuídos à comunidade, “na sua maioria, no dia da visita pascal”, porque a maioria das pessoas de Oliveira do Douro e de Ramires “é católica e abre as portas da sua casa para receber o compasso pascal”, por isso, é a melhor maneira de garantirem que “estes gestos chegam facilmente a todos” e que servem também como “símbolo de gratidão, porque as pessoas estão envolvidas com a vida da comunidade ao longo de todo o ano”, e “é um miminho da parte da comunidade paroquial e do pároco”.

Para o padre Luís Rafael Azevedo, esta lembrança, é uma manifestação de “carinho” pelas pessoas e uma forma de estarem ligados, “na impossibilidade do pároco ir a todas as casas naquele dia acaba por ser um gesto de aproximação a todas as pessoas”.

O sacerdote responsável pelas Paróquias de Oliveira do Douro e de Ramires, na Zona Pastoral de Cinfães, recorda que em 2024, a oferta do tempo pascal foi um “íman de frigorífico” com o logotipo da comunidade, que tinha sido feito no início desse ano, com o objetivo de dar a conhecer a “todas as pessoas” essa imagem e “chegasse de maneira concreta a casa”, com um folheto informativo com o símbolo, as cores, para além das publicações nas redes sociais.

“Ao longo do ano vou passando pela casa das pessoas, na visita aos doentes, almoços de família, aniversários, e vou vendo que em muitas casas o único íman no frigorífico é o da comunidade paroquial com o logotipo. Isto vai fazendo com que a comunidade comece a fazer parte da vida quotidiana das pessoas de maneira indireta. Quando as pessoas se levantam de manhã e abrem o frigorífico, a primeira coisa que vão ver será o logotipo da paróquia, depois vão sair para o trabalho e ao entrar no carro, estando o ambientador, vão ver o logotipo do jubileu e também a imagem da paróquia”, observou o pároco, sobre formas de manterem as pessoas ligadas à comunidade paroquial e ”com aquilo que a Igreja está a viver neste momento”.

CB/OC

 

A Igreja Católica está a celebrar neste ano de 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança.

No contexto deste Ano Santo, a Paróquia de Oliveira do Douro tem duas mascotes – a ‘Esperança’ e o ‘Jubileu’, dois peluches com a forma de preguiça, que passam a semana na casa dos paroquianos, numa dinâmica paroquial centrada nas crianças da catequese e escuteiros, desde o primeiro domingo do Advento (1 de dezembro 2024).

“Tudo isto vem no seguimento de um conjunto de iniciativas que estão a ser vividas pela comunidade ao longo dos últimos meses”, salientou o padre Luís Rafael Azevedo, acrescentando que todo o material que estão a produzir este ano, “as folhas dos cânticos, as pequenas lembranças das festas da catequese”, têm “sempre o logotipo do jubileu”, o que “vai ajudando a que as pessoas se vão sintonizando com o ano”.

O pároco de São Miguel de Oliveira do Douro e de Santa Marinha de Ramires, destaca ainda que no Domingo de Ramos entregam os ramos benzidos aos padrinhos e celebraram o Jubileu dos Padrinhos, e “todas as pessoas desde os mais pequeninos aos crescidos levaram os seus padrinhos à Igreja e foram abençoados”, já o Jubileu das Crianças realizou-se no contexto da Apresentação do Menino Jesus no Templo, enquanto o Jubileu da Fragilidade, “num dia em que se celebrou o sacramento da reconciliação e foi dada a unção aos doentes, a fragilidade no sentido espiritual mas também a fragilidade no sentido físico”, iniciativas que têm sido “provocadas na comunidade em concreto”.

Estas paróquias da Diocese de Lamego celebraram também o Jubileu dos Adolescentes, no dia 27 de abril, quando ia ser canonizado o beato Carlo Acutis, que morreu aos 15 anos em 2006, mas cuja celebração foi adiada devido ao falecimento do Papa Francisco.

“Nesse domingo fizemos também memória e homenagem ao Papa Francisco, a comunidade reuniu-se e foram colocadas duas oliveiras no adro da igreja paroquial, uma foi chamada ‘oliveira Papa Francisco’ e a outra ‘oliveira Carlo Acutis’. E agora caminhamos na esperança com o Papa Leão XIV”, acrescentou.

O padre Luís Rafael Azevedo destaca outra coincidência que foi a ‘festa da paz’, que também celebraram no dia 27 de abril, e “foi interessante que as primeiras palavras do Papa Leão XIV, foram ‘a paz esteja convosco’”, no dia 8 de maio.

“Ficou a certeza na comunidade que vai haver uma continuidade, e que a celebração dos adolescentes e homenagem ao Papa Francisco ligou de forma igual àquilo que foi o início do pontificado do Papa Leão XIV , e esse foi um bom sinal de que estamos no caminho da esperança”, concluiu o pároco de Oliveira do Douro e de Ramires, em Cinfães.

Lamego: Paróquia de Oliveira do Douro leva Ano Santo à sociedade com as mascotes «jubileu» e «esperança»


Link original do artigo
O post não representa, necessariamente, a opinião do nosso blog.

Artigos Recentes

Rolar para cima