“Há poucos dias comecei meu ministério entre vocês e desejo, em primeiro lugar, agradecer o afeto que estão me demonstrando; ao mesmo tempo, peço que me apoiem com suas orações e proximidade”, disse o papa Leão XIV no primeiro Regina Coeli que presidiu da janela do Palácio Apostólico, que dá para a praça de São Pedro, no Vaticano.
“Em tudo o que o Senhor nos chama, tanto na jornada da vida quanto na jornada da fé, às vezes nos sentimos insuficientes”, disse o papa.
No entanto, precisamente à luz do Evangelho deste domingo, ele disse que não se deve olhar para as forças de cada indivíduo, “mas para a misericórdia do Senhor que nos escolheu, confiantes de que o Espírito Santo nos guia e nos ensina tudo”.
E acrescentou: “É belo que, olhando para o nosso chamado, para as realidades e as pessoas que nos foram confiadas, para os compromissos que assumimos e para o nosso serviço na Igreja, cada um de nós possa dizer com confiança: embora eu seja frágil, o Senhor não se envergonha da minha humanidade, pelo contrário, ele vem habitar em mim”.
O papa Leão XIV também refletiu sobre a atitude dos apóstolos que, na véspera da morte do Mestre, “estavam perturbados e angustiados, perguntando-se como poderiam ser continuadores e testemunhas do Reino de Deus”. Mas quando Jesus aparece a eles, anuncia o dom do Espírito Santo com esta maravilhosa promessa: “Aquele que me ama será fiel à minha palavra, e meu Pai o amará; nós viremos a ele e habitaremos nele”, disse ele. “Dessa forma, Jesus liberta os discípulos de toda angústia e preocupação e pode dizer a eles: Não fiquem ansiosos e não tenham medo”.
Para o papa, “se permanecermos em seu amor, de fato, ele mesmo habita em nós, nossa vida se torna um templo de Deus e esse amor nos ilumina, entra em nossa maneira de pensar e em nossas decisões, até que também chegue aos outros e ilumine todas as áreas de nossa existência”.
Deus se revela especialmente nos pequenos
Por outro lado, ele observou que Deus “se revela especialmente nos pequenos, nos pobres e naqueles que sofrem, pedindo-nos para sermos cristãos atentos e compassivos”.
Ele também pediu aos cristãos que se comprometessem a levar o amor de Deus “a todos os lugares” e confiou esse pedido à intercessão da Virgem Maria. “Ele me acompanha com seu Espírito, me ilumina e me torna um instrumento de seu amor pelos outros, pela sociedade e pelo mundo. Queridos amigos, sobre o fundamento desta promessa, caminhemos na alegria da fé, para sermos um templo santo do Senhor”, disse ele.
Como das outras vezes, em vez de apenas recitar o Regina Coeli, oração que substitui o Ângelus no tempo da Páscoa, o papa Leão XIV cantou-a em latim.
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O padre Streich enfurecia os comunistas
Depois do Regina Coeli, o papa Leão XIV recordou o sacerdote polonês Stanisław Streich, beatificado ontem (24) em Poznań, Polônia, em cerimônia celebrada pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.
Em 27 de fevereiro de 1938, durante uma missa dominical para crianças, o padre Streich foi morto a tiros por um ativista comunista no momento da consagração da Eucaristia. Segundo testemunhas, o assassino atirou várias vezes no padre e depois gritou do púlpito: “Viva o comunismo!”
A morte de Streich foi reconhecida pela Santa Sá como martírio in odium fidei (por ódio à fé), o que levou à beatificação.
O papa enfatizou que “seu trabalho em favor dos pobres e dos trabalhadores enfureceu os seguidores da ideologia comunista”. Com base em seu testemunho, Leão XIV exortou: “Seu exemplo pode estimular os sacerdotes, em particular, a se doarem generosamente pelo Evangelho e por seus irmãos e irmãs”.
O papa também lembrou o Dia de Oração pela Igreja na China, que é celebrado todo dia 24 de maio, coincidindo com a memória litúrgica da Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, venerada especialmente no santuário de Sheshan, perto de Xangai.
Nesse dia, instituído por Bento XVI, “orações foram oferecidas a Deus nas igrejas e santuários da China e em todo o mundo como um sinal de afeto pelos católicos chineses e de sua comunhão com a Igreja universal”, disse Leão XIV. Ele pediu a Nossa Senhora que “obtenha para eles e para nós a graça de sermos testemunhas fortes e alegres do Evangelho, mesmo em meio a provações, de modo a promover sempre a paz e a harmonia”.
O papa também lembrou “todos os povos que sofrem por causa da guerra” e elogiou a “coragem e perseverança” daqueles que estão comprometidos “com o diálogo e a busca sincera pela paz”.
Por ocasião do décimo aniversário da encíclica Laudato Si', assinada pelo Papa Francisco em 24 de maio de 2015, o papa disse que “ela teve uma difusão extraordinária, inspirando inúmeras iniciativas e ensinando todos a ouvir o duplo grito da terra e dos pobres”. Ele agradeceu àqueles que continuam comprometidos com seu legado, como o Movimento Laudato Si'.
Victoria Cardiel é jornalista especializada em temas de informação social e religiosa. Desde 2013, ela cobre o Vaticano para vários veículos, como a agência de noticias espanhola Europa Press, e o semanário Alfa y Omega, da arquidiocese de Madri (Espanha).
Num telegrama ao presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), cardeal Jaime Spengler, por ocasião dos 70 anos da criação do organismo, o Papa agradece o
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