“Global Visual Poetry”, palavras e imagens como pontes para a paz
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Flávio Soares partilhou no Jubileu dos Voluntários, em Fátima, o projeto da associação Effectus que ajuda pessoas com deficiência
Fátima, 31 mai 2025 (Ecclesia) – Catarina Furtado, apresentadora e fundadora da Associação Corações Com Coroa, afirmou à Agência ECCLESIA que o voluntariado dá resposta à “maior crise de ansiedade” do século XXI.
“Não há lugar para a desesperança, exatamente porque aquilo que nós queremos é construir um mundo mais justo, mais igualitário, mais saudável”, indicou.
A apresentadora distingue e aponta a importância da formação no voluntário: “Uma prática formada, responsável, comprometida, penso ser a resposta para a saúde mental. É a resposta para a minha saúde mental”, sublinhou.
Catarina Furtado reconhece que o “dar e receber é o complemento útil” para a ausência de respostas do Estado, e lembra a variedade de ações que qualquer pessoa pode fazer, “integrando um trabalho contínuo” e colmatando necessidades que tantas instituições sentem.
“É importante também perceber que o voluntariado não exige só que a pessoa sinta que está a fazer uma experiência – é muito mais do que isso. Há um trabalho contínuo e que pode passar por ajudar instituições a organizarem-se logisticamente, colocar a profissão ao serviço de outros. O voluntariado não é caridadezinha, para mim o voluntariado é solidariedade horizontal, sempre com o exercício diário de nos colocarmos realmente no papel do outro, não é num papel mais altivo de quem tem possibilidades para apoiar a outra pessoa. Foi isso que o Papa Francisco nos ensinou”, valorizou.
Catarina Furtado acredita que o “bem contagia” e sublinha, por isso, “haver esperança para o voluntariado”.
A apresentadora reconhece ainda o bem feito pelo encontro das religiões, onde todos “existem e fazem as suas orações, as suas práticas sem violência, sem discurso de ódio, onde todas as pessoas são bem-vindas”: “É nesse mundo que eu acredito”.
Flávio Soares, fundador e presidente da Effectus, uma associação que presta apoio a pessoas com deficiência, disse hoje que os voluntários são os amigos das pessoas que vivem isoladas, que “não saem de casa” e “desconhecem os seus direitos”.
No Jubileu do Voluntário, organizado pelo Santuário de Fátima, o jovem de 32 anos quis partilhar a experiência de crescer com um familiar com deficiência, acolhido pelos seus pais, e de como percebeu haver a necessidade de apoiar as famílias.
“Talvez este voluntariado não seja para todos, mas todos deveriam de o fazer, porque realmente capacita-nos. Recordo uma frase que o padre José Nuno dizia: a pessoa com deficiência leva-nos a conhecer um lado nosso que de nenhuma outra maneira conseguiríamos conhecer”, explica à Agência ECCLESIA.
A associação, fundada há dois anos, tem o objetivo de ajudar as pessoas e “tirar carga ao cuidador, que está sobrecarregado com o cuidado e a burocracia”, afirma o jovem programador informático.
“Fazemos também atividades para quebrar o isolamento e muitas vezes é a única vez que estas pessoas saem de casa. Nós vamos ao encontro de pessoas que ninguém vai encontrar”, lamenta.
Flávio Soares dedica as suas horas livres à associação procurando que as pessoas com deficiência e os seus familiares conheçam “direitos” e criem relações, quebrando o isolamento.
“Ouvi uma mãe dizer que os familiares habituam-se à situação de apoio. «Vamos estar sempre ali, habituámo-nos que o nosso filho não vai casar, não vai sair da nossa casa, mas depois constatamos, o nosso filho não vai ter amigos, não vai ter ninguém, não vai ter uma festa de anos, não vai sair à noite, não vai a um cinema, não vai ter amigos». E nós queremos ser este amigo”, recorda.
Flávio Soares assegura o “valor inestimável para a sociedade” que a pessoa com deficiência tem, lamenta a falta de reconhecimento e explica olhar o mundo de forma diferente por conviver com pessoas com deficiência.
O reitor do Santuário de Fátima disse que os voluntários estão “na raiz” do acontecimento de Fátima, pois desde o início se “disponibilizaram para ajudar os que vinham, para ajudar os peregrinos”.
“Os voluntários que estão no recinto do Santuário eu digo-lhes: «Vocês são o primeiro rosto do Santuário». Não é o reitor, são eles, são estes voluntários, são aqueles que estão a acolher os peregrinos, que são o rosto do Santuário e que são o rosto da solicitude de Maria para com todos aqueles que vêm a este lugar mariano ao encontro da Mãe do Céu. E, por isso, o papel que eles desenvolvem não é algo secundário”, traduziu.
O padre Carlos Cabecinhas quis ainda sublinhar o “carácter plural do voluntariado”, através de “diversos rostos”.
“Não é necessariamente um rosto eclesial, um rosto confissional do ponto de vista da fé, e apesar disso não deixa de fazer todo o sentido e sublinhar o seu valor. Porquê? Porque vai ao encontro daquilo que é profundamente cristão e que está na raiz da nossa fé”, finalizou.
LS
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