Leão XIV fez um apelo “para que a ciência permaneça a serviço da humanidade, nunca se tornando sua mestra” em mensagem à cúpula internacional de bioética em Roma.
A mensagem transmitida pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, expressa o “vivo apreço” do papa pela 3ª Conferência Internacional de Bioética, que ocorreu entre sexta-feira (30) e sábado no Pontifício Instituto Patrístico Agostiniano, em Roma.
O evento foi organizado sob o tema “O Esplendor da Verdade na Ciência e na Bioética”.
O papa disse que a iniciativa é "uma oportunidade valiosa para refletir sobre as implicações éticas do progresso científico" e incentivou o "diálogo interdisciplinar baseado na dignidade da pessoa humana", segundo a mensagem da Santa Sé. Ele disse ter esperança de que tais esforços "fomentem abordagens à ciência cada vez mais autenticamente humanas e respeitosas da integridade da pessoa".
Feita sob o patrocínio da Pontifícia Academia para a Vida e do Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, a conferência reuniu cerca de 400 participantes — entre eles pesquisadores, médicos, filósofos e juristas — de universidades da América Latina, da Europa e da África.
“A ciência deve servir à verdade”, diz cardeal
O arcebispo de Utrecht, Holanda, cardeal Willem Jacobus Eijk, abriu a conferência com um discurso delineando três princípios fundamentais para a bioética e a pesquisa científica a serviço da verdade.
Eijk, que também é médico, disse na sexta-feira que a Pontifícia Academia para a Vida deveria dar mais atenção às questões bioéticas ligadas aos tratamentos “transgêneros” e à pressão pela “teoria de gênero”.
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O cardeal enfatizou que a razão humana deve reconhecer sua capacidade de conhecer a verdade metafísica, que os seres humanos só têm autonomia relativa e que a vida humana é um valor intrínseco.
“Sem metafísica e uma antropologia adequada, a ciência se torna perigosa porque perde sua bússola moral”, disse o arcebispo.
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Estudiosos destacam o papel da filosofia na ciência
Juan Arana, filósofo espanhol que faz parte da Academia Real de Ciências Morais e Políticas, disse que a ciência moderna negligencia a busca de verdades filosóficas mais profundas. Enquanto reconhece os avanços empíricos da ciência, ele enfatiza que “grandes verdades da filosofia e as pequenas verdades da ciência” ainda estão conectadas “por fios que, ainda que sutis, são efetivos”.
Bernard Schumacher, da Universidade de Friburgo, Alemanha, criticou o método científico moderno para reduzir a realidade ao que é matemático e quantificável.
Duas mesas redondas abordaram desafios bioéticos práticos em genética e direitos de consciência. A geneticista Teresa Perucho, o cirurgião Emmanuel Sapin e o neonatologista Robin Pierucci discutiram os fundamentos morais do aconselhamento genético e a necessidade de apoiar os pais com compaixão e clareza diante de diagnósticos pré-natais difíceis.
Mantendo uma visão católica da ciência
A conferência foi organizada pela Cátedra Internacional de Bioética Jérôme Lejeune e teve apoio de cerca de 40 instituições acadêmicas em todo o mundo. Desde sua fundação em 2023, o evento se tornou um fórum de referência para o engajamento da Igreja com questões bioéticas contemporâneas.
Jean-Marie Le Méné, presidente da Fundação Jérôme Lejeune, encerrou o encontro falando sobre o legado do geneticista francês.
“O cientista é aquele que admite sem vergonha que o que sabe é microscópico comparado a tudo o que não sabe — e fica fascinado pela aventura da inteligência no caminho em direção ao inteligível”, disse Le Méné.
Jérôme Lejeune, católico devoto e pioneiro em genética, descobriu a causa cromossômica da síndrome de Down e se tornou um defensor apaixonado do bebê no ventre materno, lançando as bases para grande parte do engajamento da Igreja na bioética hoje.
AC Wimmer (刘威猛) é o editor de notícias da EWTN News para a Europa e Ásia. O australiano poliglota, criado na Baviera e na África do Sul, foi editor-chefe de vários meios de comunicação. Formado em Filosofia e Estudos Chineses pela Universidade de Melbourne, o veterano jornalista é pesquisador honorário em Comunicações e atuou no Conselho da Cáritas em Munique.
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