Comunicadores Episcopais na Europa Discutem como Transmitir Esperança com Empatia
De 3 a 5 de junho, a capital tcheca, Praga, recebeu assessores de imprensa e porta-vozes das Conferências Episcopais de toda a Europa para um
Secretário de Estado Vaticano: "Israel precisa remover urgentemente o bloqueio à ajuda humanitária. A corrida armamentista na Europa é desestabilizadora. Hoje precisamos de um impulso para a paz."
Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado Vaticano, após a ineficácia da cúpula de Istambul, que medidas devem ser tomadas para tentar deter as hostilidades na Ucrânia?
"O fracasso da cúpula de Istambul não pode e não deve marcar o fim dos esforços para deter a guerra. A Santa Sé, fiel à sua missão de paz, renova com veemência o seu apelo a não se render à lógica da violência e ao falso realismo que consideraria a guerra inevitável. Nenhuma guerra é inevitável, nenhuma paz é impossível. As armas podem e devem se calar para dar lugar à esperança da paz. O Evangelho pede isso e os povos que sofrem gritam isso. O Papa Leão XIV assumiu este compromisso: "Para que esta paz se difunda, farei todo esforço. A Santa Sé está à disposição para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que aos povos seja restituída a esperança e a dignidade que merecem, a dignidade da paz". Embora a cúpula de Istambul pareça um fracasso, espero que ela possa ser considerada um primeiro passo em direção à paz."
O Pontífice levantou a urgência de uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia: o que isso significa concretamente?
Significa, antes de tudo, que não existe paz autêntica se ela for apenas o resultado de uma solução imposta ou do medo recíproco. A verdadeira paz se constrói a partir de dentro, é fruto de um diálogo profundo, respeitoso e sério entre as partes envolvidas. Não se pode falar de paz verdadeira se um país nega a existência de outro país. Uma paz é "justa" quando reconhece e protege a dignidade de todos, sem humilhações, sem condições que deixem feridas abertas. E uma paz entre Estados só é "duradoura" se apoia em fundamentos sólidos do direito internacional, do respeito à justiça e à liberdade, e não em equilíbrios precários garantidos pelas armas. A Igreja e a Santa Sé continuam apoiando tanto os atores internacionais quanto os líderes das Nações, pedindo a todos que não fechem a porta ao diálogo, porque só assim veremos um dia uma paz autêntica, justa e duradoura, assim como aqueles que, muitas vezes no silêncio e na oração, tecem caminhos de paz, porque estes são verdadeiros artesãos da paz.
A corrida armamentista parece estar se acelerando em várias partes do mundo, começando pela União Europeia: qual é a posição da Santa Sé? Como se encaixa o conceito de legítima defesa?
O crescimento dos gastos militares nos últimos anos, cuja dinâmica se intensificou recentemente, demonstra a forte percepção de um mundo inseguro e fragmentado. Embora o compromisso de cada país com a salvaguarda da soberania e da segurança seja legítimo e um dever, devemos sempre nos perguntar em que medida o fortalecimento do poder militar pode ajudar a aumentar a confiança entre as nações e contribuir para a construção de uma paz duradoura. Também é importante sublinhar que o direito à legítima defesa não é absoluto. Deve ser acompanhado não apenas pelo dever de minimizar e, sempre que possível, eliminar as causas profundas ou a ameaça de um conflito, mas também pelo dever de limitar as capacidades militares às necessárias para a segurança e a legítima defesa. O acúmulo excessivo de armas, embora permita uma vantagem estratégica frequentemente almejada, não está isento do risco de alimentar ainda mais a corrida armamentista, fomentar a ameaça e medo do outro, e contribuir para uma desestabilização que pode levar a uma situação dramática para todos. É urgente encontrar um equilíbrio pacífico nas relações internacionais e prosseguir num esforço coordenado para um impulso pacificador rumo ao desarmamento.
O conflito em Gaza continua causando massacres de civis. Qual é a posição da Santa Sé sobre a conduta do governo israelense?
Tal como acontece com outros conflitos, a Santa Sé não concorda com a estratégia da guerra como meio para resolver problemas e, tal como grande parte da comunidade internacional, como grande parte da Comunidade Internacional, pede que o bloqueio da ajuda humanitária seja suspenso com urgência. É aceitável, em 2025, que tenhamos de ver o que está acontecendo em Gaza, onde a população civil está exposta a uma enorme tragédia humanitária. Até o momento, as duas tréguas realizadas resultaram na libertação de mais de 140 reféns, mostrando que a negociação tem a sua eficácia intrínseca, especialmente num contexto tão complexo. Como muitos países esperam, a Santa Sé também acredita que estas negociações devem ser inseridas num processo político que vise resolver a questão israelense e palestina de forma mais abrangente e estabilizar todo o Oriente Médio.
Após as tensões dos últimos meses, a presença do presidente israelense Isaac Herzog na missa inaugural do pontificado de Leão XIV é um sinal de um novo rumo nas relações diplomáticas entre o Vaticano e o mundo judaico?
A Santa Sé nunca fechou a porta a ninguém. Pelo contrário, na última década, se houve um líder no mundo que condenou consistentemente o antissemitismo, sem "se" ou "mas", foi o Papa Francisco, que reiterou várias vezes que "quem é cristão não pode ser antissemita", como reconhecido por muitas comunidades judaicas. Portanto, o Papa Leão XIV continuará desenvolvendo as relações judaico-cristãs, que nunca foram colocadas em dúvida pela parte católica, nem mesmo diante do fenômeno perturbador de alguns judeus que cospem nos cristãos em Jerusalém. Quanto a Herzog, ele é o presidente de um Estado e age num nível diferente da religião, ou seja, o político, que a Santa Sé espera cultivar em vista de um processo de paz justa e duradoura e de questões de interesse comum entre os dois Estados."
Os Estados Unidos e a China parecem caminhar para um novo bipolarismo global. Como essa dinâmica geopolítica e econômica deve ser abordada?
A Santa Sé continua convencida de que o diálogo seja a única via viável para evitar que as divergências entre esses dois países e seus respectivos interesses degenerem em oposição. Neste momento, é necessário evitar o risco de que o conflito entre as duas superpotências seja visto como o único desfecho possível. Nesse sentido, é essencial que Pequim e Washington continuem o diálogo iniciado, buscando reduzir as tensões atuais e encontrar pontos de contato em questões-chave, como comércio e segurança. Da mesma forma, é importante que outros países e organizações internacionais cooperem para o retorno a favor do multilateralismo e para o desenvolvimento de um multipolarismo equilibrado, que garanta a estabilidade global. Diplomacia, respeito recíproco, justiça e transparência são instrumentos indispensáveis para enfrentar esta situação complexa, na busca de soluções que possam promover a paz, o desenvolvimento e a sustentabilidade para todos.
Que significado tiveram os encontros e debates entre líderes mundiais no funeral de Francisco e na missa de posse de Leão XIV?
Acredito que foram um sinal significativo do reconhecimento internacional do compromisso da Santa Sé com a paz. Um compromisso confirmado pelas primeiras palavras do Papa Leão XIV, que foram um apelo sincero para construir pontes juntos. Parece-me que a Comunidade internacional acolheu com interesse e as conversas ocorridas nos dias seguintes centraram-se precisamente na necessidade de pôr fim aos conflitos, reconhecendo o papel crível da Santa Sé na sua resolução.
De 3 a 5 de junho, a capital tcheca, Praga, recebeu assessores de imprensa e porta-vozes das Conferências Episcopais de toda a Europa para um
A Diocese de Viseu, através do seu Departamento para o Laicado, assinala hoje, dia 7 de junho de 2025, o seu jubileu com uma jornada
O conhecido cantor, compositor e também catequista, Antonio Cardoso, tem uma participação constante no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano. Ele marca presença todos os domingos
Em uma cerimônia marcante realizada na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington, D.C., no dia 4 de junho de 2025, sete irmãos
Evangelho e palavra do dia 07 junho 2025 Leitura dos Atos dos Apóstolos 28,16-20.30-31 Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa
A Arquidiocese de Washington revelou planos para “diminuir gastos, reduzir seu quadro de funcionários e reestruturar departamentos” a fim de enfrentar “dificuldades financeiras críticas”. Em