A Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) está a usar a celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a 10 de junho, como mote para promover a integração e o conhecimento mútuo entre os cidadãos portugueses e as novas comunidades residentes no país.

Eugénia Quaresma, diretora da OCPM, sublinha a importância de aproveitar esta data para fortalecer o diálogo intercultural e combater o receio perante o que é diferente. "Devemos caminhar para o encontro, seja através da cultura, da gastronomia ou da partilha de ideias. É vital conhecer e conversar com os nossos vizinhos", afirma.

A responsável insiste na necessidade de "não nos fecharmos" e de superarmos o "medo do desconhecido", incentivando a escuta de "outras histórias e culturas". Recordando que Portugal tem uma longa história de emigração, Eugénia Quaresma realça que o país vive agora um período de receção de migrantes, defendendo que "uma convivência saudável é possível com disponibilidade e coração aberto".

A discussão sobre a identidade portuguesa no exterior também fez parte das reflexões, com destaque para Macau, onde a língua e a cultura mantêm presença, e onde a religiosidade, nomeadamente católica, atua como um fator de inclusão social.

A OCPM apela à Igreja para que trabalhe "em rede" com as diversas pastorais (juventude, catequese, trabalho) no sentido de acompanhar tanto as comunidades que chegam como a chamada "nova diáspora" portuguesa, que é mais global e menos dependente da língua portuguesa.