Em declarações a propósito das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, este ano a decorrer em Lagos, o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, sublinhou a relevância desta data como um convite à introspeção sobre a realidade do país.

O prelado considerou a escolha de Lagos como "muito oportuna", destacando que a comemoração da efeméride na região leva a uma análise das particularidades locais, especialmente no que diz respeito ao turismo e à necessidade de garantir a segurança, particularmente sanitária, dos visitantes que chegam em grande número durante o verão.

D. Manuel Quintas abordou desafios estruturais, mencionando a longa espera pela concretização do Hospital Central de Faro e a importância contínua da melhoria da rede viária, como a Estrada Nacional 125 e a Via do Infante (A22), apesar do fim das portagens, para o desenvolvimento e circulação na região.

O desejo expressado pelo bispo é que as celebrações sirvam para fortalecer o sentimento de pertença nacional e, simultaneamente, impulsionar a capacidade de acolhimento da região, de forma a que os visitantes se sintam seguros e confortáveis, incentivando o seu regresso.

As comemorações em Lagos assinalam o regresso do evento à cidade após 29 anos. D. Manuel Quintas participa pela segunda vez em celebrações oficiais do 10 de junho no Algarve. Este ano, o programa teve um alcance internacional, passando pela Alemanha e com eventos futuros em Macau. A presença do núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, que está em vias de concluir a sua missão no país, também foi destacada durante os atos comemorativos no Algarve.