Um novo relatório anual da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) revela uma queda significativa nas alegações de abuso contra o clero no país. Conforme o documento referente ao ano de 2024, houve um declínio de 32% nas denúncias de abuso infantil em comparação com o período anterior.

No total, foram registradas 902 alegações por 855 vítimas-sobreviventes no período de 1º de julho de 2023 a 30 de junho de 2024. Este número representa uma diminuição considerável em relação às 1.308 alegações feitas por 1.254 sobreviventes no relatório do ano passado.

O relatório, baseado em dados de 195 dioceses e eparquias dos EUA, coletados pelo Center for Applied Research in the Apostolate da Universidade de Georgetown e auditados pela StoneBridge Business Partners, faz parte de uma iniciativa que remonta à criação da Carta para a Proteção de Crianças e Jovens em 2002.

Cerca de 717 clérigos foram acusados no último período de auditoria, sendo que a maioria (54%) já era falecida na época. A auditoria também identificou casos de não conformidade com os protocolos de proteção estabelecidos na revisão de 2018 da carta, citando dioceses que não possuíam programas de treinamento ou conselhos de revisão em funcionamento.

O documento reafirma o compromisso da Igreja em garantir a segurança de crianças e adultos vulneráveis, destacando a importância de verificações de antecedentes e treinamento. As alegações de abuso têm mostrado um declínio constante desde 2020, com uma média de redução anual de cerca de 30% nos últimos cinco anos, refletindo a política de tolerância zero da Igreja nos EUA contra o abuso.