Uma pesquisa recente revelou uma mudança significativa na percepção dos americanos sobre o papel da religião no país.

O número de adultos que acreditam que a religião está ganhando influência na sociedade dos Estados Unidos aumentou consideravelmente. Atualmente, 34% dos adultos americanos pensam que a religião está aumentando sua influência na vida do país, um crescimento notável em relação aos 20% registrados há um ano. Este dado é similar aos 35% observados em dezembro, mostrando que a tendência de alta se mantém.

Historicamente, a maioria dos americanos tem dito que a religião está perdendo influência. Embora essa ainda seja a opinião predominante, com 59% dos entrevistados, o número diminuiu em comparação com os 75% de um ano atrás. Essa reversão na tendência de longo prazo, que por 15 anos apontava para uma diminuição da influência religiosa, é um destaque da pesquisa.

A análise da pesquisa aponta possíveis fatores para essa mudança. Um deles é a vitória do partido Republicano nas eleições federais do outono passado, considerada uma causa mais provável para a mudança de percepção do que eventos como a eleição recente de um papa nascido nos EUA.

Observações passadas mostram que picos na percepção de aumento da influência religiosa ocorreram após vitórias republicanas significativas no Congresso, como em 1994. Em contraste, momentos de baixa nessa percepção foram notados após democratas assumirem o controle do governo federal.

Ao analisar diferentes grupos demográficos, a pesquisa descobriu que, embora todos os principais subgrupos apresentem maior probabilidade de acreditar que a influência religiosa está crescendo, os eleitores Republicanos demonstraram o maior salto nesse sentimento. Essa diferença sugere que os resultados eleitorais podem, sob certas circunstâncias, influenciar a forma como os americanos percebem a influência da religião, acentuando a conexão entre política e fé.

A pesquisa também relembrou outros momentos na história recente dos EUA onde a percepção de aumento da religiosidade disparou, notadamente após os ataques de 11 de setembro de 2001, quando 71% dos americanos viram a influência religiosa crescer, e durante a pandemia de COVID-19, com um salto de 19% para 38%.