Núncio do Vaticano: Países Bálticos Desapontados com Política dos EUA na Ucrânia

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16/jun/2025

Arcebispo Georg Gänswein, que serve como representante diplomático do Vaticano nos países Bálticos desde 2024, expressou recentemente o desapontamento da região com a política adotada pela atual administração dos Estados Unidos em relação ao conflito na Ucrânia.

Em entrevista concedida em 13 de junho, o diplomata da Santa Sé comentou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, destacando que "as grandes potências desempenham um papel importante aqui, e os Estados Bálticos estão um pouco desapontados com a atitude da atual administração dos EUA. Eles esperavam algo diferente."

Gänswein assumiu seu posto em Vilnius, Lituânia, no ano passado. Ele observou que a proximidade da capital lituana com Kyiv faz com que a invasão russa seja fortemente sentida na região, criando uma "presença atmosférica" de guerra, juntamente com uma desconfiança histórica em relação à Rússia, especialmente a Vladimir Putin.

Ao falar sobre o papel do núncio e os esforços de paz da Santa Sé, ele explicou que a atuação diplomática do Vaticano sempre passa pela sede central, e a Santa Sé se vê como uma construtora de pontes em busca da paz. Apesar dos esforços em andamento para a paz, o Arcebispo ressaltou que ainda é difícil avaliar o sucesso dessas iniciativas, descrevendo-as como um "pingo d'água que fura a pedra".

A guerra também complicou o diálogo ecumênico com as igrejas ortodoxas, especialmente porque o Patriarca Kirill de Moscou tentou justificar o conflito, que Gänswein descreveu como uma "guerra fratricida" entre ortodoxos. Muitas comunidades ortodoxas nos Bálticos têm se distanciado do Patriarcado de Moscou por essa razão.

Apesar dos desafios, o Arcebispo enfatizou a contínua necessidade do papel mediador do Vaticano na crise.

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