Sinodalidade: Um desafio eclesial impulsionado pelo Papa Francisco, segundo tese universitária

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16/jun/2025

Uma pesquisa académica recente destaca a sinodalidade como um tema central na Igreja Católica, grandemente impulsionado pelo atual pontificado. Em declarações sobre a sua tese de mestrado, um autor considera que este conceito representa um "desafio" que ganhou particular destaque sob a liderança do Papa Francisco.

A sinodalidade, na sua essência, é descrita não apenas como a realização de encontros ou sínodos, mas como uma autêntica "maneira de ser" da comunidade eclesial, um caminhar conjunto de todos os seus membros na direção de uma mesma meta espiritual.

O estudo sublinha que, apesar de ser um conceito antigo, a sua implementação plena enfrenta resistências, muitas vezes enraizadas numa visão histórica mais hierárquica da Igreja. Tradicionalmente, existia uma forte distinção entre quem ensina/ordena e quem aprende/obedece. A sinodalidade propõe uma inversão dessa lógica, sugerindo que todos na Igreja – dos fiéis leigos ao clero e ao próprio Papa – têm algo a partilhar e algo a aprender.

Nesta perspetiva sinodal, os fiéis leigos são chamados a assumir um papel mais ativo e corresponsável, não meramente para suprir carências de ministros ordenados, mas pela própria natureza da Igreja. A investigação partiu da questão do lugar dos leigos, mas evoluiu para uma reflexão mais profunda sobre qual modelo de Igreja valoriza adequadamente a contribuição de todos.

A ideia central é a da corresponsabilidade diferenciada: cada membro da Igreja, de acordo com os dons, ministério ou estado de vida que recebeu, é chamado a participar ativamente na missão de evangelização. Esta corresponsabilidade implica, fundamentalmente, uma atitude de escuta mútua entre todos os membros do corpo eclesial.

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