Patriarca de Lisboa apela por paz, desarmamento e solidariedade aos pobres na celebração do Corpo de Deus

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19/jun/2025

Na celebração solene do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida como Corpo de Deus, o Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, fez um forte apelo ao compromisso coletivo com a construção da paz e com a assistência aos mais vulneráveis da sociedade. A sua intervenção destacou a necessidade de promover a reconciliação entre os povos e de empenhar-se ativamente no desarmamento.

Dirigindo o pensamento para os palcos de conflito atuais, como a Ucrânia, Gaza, Irão e Israel, D. Rui Valério afirmou na sua homilia que a paz e a justiça genuínas não se alcançam pela força das armas, mas sim através de um esforço consciente de desarmamento. Enfatizou que o caminho é o respeito mútuo, o reconhecimento pleno da dignidade de cada ser humano e a garantia do direito de todos viverem em segurança e liberdade nas suas terras de origem.

O prelado católico exortou os presentes a dedicarem-se à promoção da justiça e à defesa da vida humana, visando saciar aquela que considerou a fome mais profunda da humanidade contemporânea: a fome da paz.

D. Rui Valério sublinhou a dimensão social intrínseca da Eucaristia, descrevendo-a como um mistério de participação que une os fiéis numa comunidade, impulsionando-os a amar o próximo. Refletiu sobre como a vida se entrelaça com a Eucaristia, e vice-versa.

A solenidade do Corpo de Deus, celebrada na quinta-feira seguinte ao oitavo dia da Páscoa, recorda a Última Ceia e tem raízes históricas na Idade Média. D. Rui Valério presidiu à Missa na Catedral diocesana.

Segundo o Patriarca, esta festa convida a revisitar a história, reconhecendo Deus como protagonista central, que se oferece a toda a humanidade. Mencionou que a Eucaristia é “alimento para o caminho”, fortalecendo os crentes na sua peregrinação e enviando-os a socorrer os necessitados do mundo, em linha com a mensagem de esperança do Jubileu 2025.

Está igualmente prevista a tradicional Procissão do Corpo de Deus pela Baixa de Lisboa, momento público de expressão da fé na presença de Cristo na Eucaristia.

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