A confederação internacional da Cáritas expressou profunda preocupação com a crise de fome que assola a população de Gaza, denunciando veementemente a utilização de alimentos como instrumento de guerra.

Em comunicado, a organização católica sublinha que os habitantes de Gaza continuam a enfrentar a privação de serviços essenciais e a fome severa, sendo forçados a uma escolha dramática: morrer de inanição ou arriscar a vida na busca por comida.

A ‘Caritas Internationalis’ junta-se ao apelo global por um cessar-fogo e pela instauração da paz no Médio Oriente, ecoando as palavras do Papa e destacando a catástrofe humanitária em curso em Gaza, onde o conflito já causou inúmeras vítimas civis.

A organização critica o bloqueio ao acesso da maioria das entidades humanitárias e a forma como a ajuda tem sido militarizada, descrevendo a situação como desoladora e inaceitável.

“As pessoas necessitam de mais do que simples palavras e promessas vazias. É urgente haver vontade política para dialogar, diplomacia construtiva e ações concretas, liderança mundial que priorize a humanidade, a paz e o bem comum”, declara a Cáritas, alertando que o mundo não pode suportar uma escalada para um novo conflito global.

A confederação lamenta que o direito internacional esteja a ser flagrantemente desrespeitado em múltiplos conflitos, com os Estados a falharem nas suas responsabilidades e obrigações. Este desrespeito, visível em Gaza, resulta num sofrimento desproporcional para os civis.

A Cáritas descreve o Médio Oriente como uma região marcada pela incerteza e instabilidade, com elevado risco de agravamento da violência, o que teria consequências humanitárias devastadoras.

A organização urge a comunidade internacional a defender a paz e a estabilidade, pressionando todas as partes para que se empenhem em diálogo e diplomacia, visando uma paz justa e duradoura na região. É fundamental garantir a proteção dos civis e o acesso seguro e desimpedido à assistência humanitária.