Missionária portuguesa alerta para possível regresso da guerra civil no Sudão do Sul

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02/jul/2025

A insegurança e a ameaça de um novo conflito civil pairam sobre o Sudão do Sul, de acordo com o testemunho de uma religiosa portuguesa que trabalha na diocese de Wau. A Irmã Elisabete Almendra, que reside no país há cerca de quatro anos e meio, descreve um cenário de grande instabilidade e fome.

Segundo a missionária comboniana, a principal causa da tensão reside nas profundas divisões étnicas que marcam o país. Ela explica que a rivalidade entre as duas maiores tribos, lideradas pelo Presidente (Dinka) e pelo Vice-Presidente (Nuer), mantém o país à beira de um novo confronto armado, mesmo após a independência em 2011.

Além da instabilidade interna, o Sudão do Sul enfrenta o desafio de acolher milhares de pessoas que buscam refúgio da guerra no país vizinho, o Sudão. A pobreza é generalizada, especialmente em Wau, onde muitas famílias vivem com apenas uma refeição diária. As missionárias fazem o possível para ajudar, distribuindo o pouco que têm, como alimentos básicos.

Apesar das enormes dificuldades, a Irmã Elisabete Almendra expressa uma profunda satisfação com a sua missão. Ela afirma encontrar força na fé para permanecer no terreno e destaca que, mais importante do que construir infraestruturas, é a presença amorosa junto do povo, ouvindo, escutando e oferecendo um abraço.

O trabalho das missionárias em Wau inclui apoio pastoral a famílias, com foco em mulheres e meninas, e o incentivo às vocações locais. A Irmã Beta Almendra vê os missionários como "pontes" essenciais para o crescimento e fortalecimento da Igreja no Sudão do Sul.

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