À medida que o Senado dos Estados Unidos delibera sobre as disposições de uma proposta de orçamento significativa, o episcopado católico do país está solicitando aos legisladores que protejam os grupos mais vulneráveis da sociedade.

Os líderes da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) reconheceram aspectos positivos na proposta de lei, como medidas que promovem a dignidade da vida humana e apoiam a escolha dos pais na educação. No entanto, eles enfatizaram a necessidade de consistência na proteção da vida e da dignidade humana, pedindo mudanças drásticas no projeto para defender aqueles em maior necessidade.

Citando a responsabilidade dos políticos em promover o bem comum e superar a desigualdade de riqueza, conforme destacado por líderes da Igreja, os bispos expressaram preocupação de que a proposta atual pareça 'tirar dos pobres para dar aos ricos', falhando em atender a esse chamado essencial.

Em uma comunicação enviada aos senadores, um grupo de bispos detalhou sua posição. Eles manifestaram forte apoio ao fim do financiamento público para certos serviços de aborto e transição de gênero, bem como ao apoio à escolha parental na educação e à inclusão de uma dedução caritativa na declaração de imposto de renda.

Por outro lado, os bispos se opõem veementemente aos cortes propostos nos programas de assistência social cruciais como o Medicaid e o Supplemental Nutrition Assistance Program (SNAP), alertando que essas mudanças no SNAP poderão levar milhões de pessoas à fome. Eles também discordam do aumento do financiamento para a fiscalização da imigração e detenção, que, segundo eles, afetaria desproporcionalmente famílias imigrantes e de status misto com fortes laços comunitários.

Além disso, expressaram preocupação com a redução de incentivos à energia limpa e a revogação de programas ambientais, argumentando que isso aumentará a poluição, prejudicando crianças e futuras gerações e diminuindo a resiliência a eventos climáticos extremos.

Em linha com a carta, o presidente da USCCB reiterou que a proposta de lei oferece isenções fiscais para alguns enquanto mina a rede de segurança social para outros através de grandes cortes na assistência nutricional e Medicaid. Ele concluiu que o projeto não protege famílias e crianças de forma adequada e prejudica a criação de Deus.

Os bispos instam os senadores a encontrar um caminho melhor e a agir com coragem e criatividade para proteger a dignidade humana de todos, sustentar o bem comum e alterar as disposições que comprometem esses valores fundamentais.