Evangelho e palavra do dia 23 agosto 2025

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 

10,17-11,2

Irmãos,

quem se gloria, glorie-se no Senhor.

Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda
e não aquele que se recomenda a si mesmo.

Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez,
da minha parte.
Na verdade, vós me suportais.

Sinto por vós um amor ciumento
semelhante ao amor que Deus vos tem.
Fui eu que vos desposei a um único esposo,
apresentando-vos a Cristo como virgem pura.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 

13,44-46

Naquele tempo, disse Jesus à multidão:

"O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo.

Um homem o encontra e o mantém escondido.
Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens
e compra aquele campo.

O Reino dos Céus também é como um comprador
que procura pérolas preciosas.

Quando encontra uma pérola de grande valor,
ele vai, vende todos os seus bens
e compra aquela pérola". 

Comentário

"Quer ser grande?", perguntava Santo Agostinho, e respondia: "Comece pelas coisas menores. Quer erguer uma construção de grande altura? Primeiro pense no alicerce da humildade" (S. Augustini Sermo 69, 1,2).

Se realmente queremos construir o edifício da nossa santificação, é preciso fundamentá-lo na humildade.

Jesus é nosso modelo. Ele, como diz São Paulo, "embora sendo de condição divina... esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de servo... humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fil 2, 6-8).

"Como não se sentir, como não ser pequenos e humildes diante do mistério da encarnação e da redenção, diante do Filho de Deus que chora em Belém, que se envolve de silêncio em Nazaré, que vive uma existência de pobre, que morre numa cruz nua?

Jesus é o primeiro, o verdadeiro humilde, o único que realmente glorificou a Deus - de fato, Deus é 'glorificado pelos humildes', como nos disse o Eclesiástico (Sir 3, 20) - porque se humilhou em toda a sua existência, mesmo manifestando vitoriosamente seu poder de Senhor, e foi aquilo que ele mesmo se definiu: 'manso e humilde de coração' (Mt 11, 29). (Papa São João Paulo II, Homilia em Anagni, 31 de agosto de 1986)