
A lição de Santo Agostinho: a humildade de Deus é a verdadeira alegria do Natal
O mistério de um Deus que se faz pequeno Para Santo Agostinho, a fonte do nosso júbilo não está em uma demonstração de poder divino,
Para Santo Agostinho, a fonte do nosso júbilo não está em uma demonstração de poder divino, mas no que ele considera o sublime “escândalo” da Encarnação. Ele se maravilha com o paradoxo de um Deus eterno e Todo-Poderoso que escolhe nascer como uma criança frágil, pobre e dependente. O Verbo pelo qual todo o universo foi criado torna-se um bebê que ainda não sabe falar (infans). Aquele que sustenta o mundo em Suas mãos é agora carregado nos braços de Sua mãe, a Virgem Maria.
Em seus sermões, o santo busca despertar nos corações o espanto diante deste mistério: “Ele jaz numa manjedoura, mas contém o mundo. Alimenta-se do seio materno, mas alimenta os anjos”. Esta kenosis, este esvaziamento voluntário de Deus por amor à humanidade, é o fundamento de toda a celebração. É o maior e primeiro presente de Natal, do qual brota toda a alegria genuína.
Um dos pilares da teologia natalícia de Agostinho é o que a Tradição chama de admirabile commercium, a admirável troca. Através deste conceito, o Doutor da Graça explica o núcleo do plano de salvação: Deus assume a nossa natureza humana para que nós, em troca, pudéssemos participar de Sua natureza divina. Ele se reveste de nossa mortalidade para nos conceder a Sua imortalidade.
“Deus se fez homem para que o homem se fizesse Deus”, proclama Santo Agostinho, sintetizando a profundidade do amor divino. Cristo assume nossas fraquezas e feridas para nos oferecer Sua força e cura. Nossa alegria, portanto, não é apenas de gratidão, mas de reconhecimento da imensa dignidade que recebemos ao sermos chamados, em Cristo, à filiação divina.
Observador atento da sociedade de seu tempo, Santo Agostinho já alertava para o risco de as celebrações mundanas desviarem o foco do essencial. Ele diferenciava com clareza a alegria passageira do mundo – baseada em banquetes, presentes e prazeres efêmeros – da autêntica alegria cristã, que brota da certeza interior de sermos amados incondicionalmente por Deus.
Esta alegria, ensina o santo, não é uma negação do sofrimento. Pelo contrário, ela é capaz de atravessá-lo, pois seu fundamento está no Deus que se fez pobre e sofredor por nós. É uma paz profunda que as circunstâncias externas não podem abalar, uma alegria que o mundo não pode dar nem tirar.
A reflexão agostiniana não se esgota na contemplação; ela impulsiona à ação. Se o Filho de Deus se humilhou por nós, somos chamados a viver a humildade em nossas relações cotidianas. Se Ele escolheu nascer em um estábulo simples, somos convidados a preparar o presépio de nosso coração para acolhê-Lo, purificando-o do orgulho, da avareza e da indiferença.
O convite de Santo Agostinho é para que cada um de nós se torne uma manjedoura para Cristo, acolhendo-O não apenas na oração pessoal, mas também no rosto do pobre, do doente e do marginalizado. A verdadeira celebração do Natal se manifesta em uma conversão interior que se traduz em obras de caridade e serviço.

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