Multiplicam-se, em Angola, as reações à volta da ereção da Ganda como diocese. O Bispo, Dom Estêvão Binga, traça os desafios para a nova diocese da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A satisfação da Igreja angolana é enorme com a elevação do território pastoral da Ganda a diocese. Criada nesta quinta-feira 1/8 pelo Papa Francisco, a diocese da Ganda desmembrada da Diocese de Benguela vai abranger pastoralmente os municípios do Cubal, Caimbambo, Chongoroi e Tchindjendje.
Dom Estêvão Binga deixa a diocese de Benguela como Bispo auxiliar e assume como primeiro Bispo o rebanho da Ganda. O Prelado já fala em desafios para a nova diocese, tendo em conta alguns problemas sociais, como as vias de acesso e telecomunicações.
E o Bispo da diocese de Benguela, Dom António Jaca, disse ser um momento histórico para a Igreja angolana, e sobre as dificuldades sociais no actual território da diocese da Ganda, o Prelado reagiu dizendo que a Igreja é feita com a maturidade dos seus fiéis.
A mais nova diocese já conta com 47 sacerdotes diocesanos, 12 sacerdotes religiosos, 64 madres e 49 seminaristas.
O arcebispo do Huambo, Dom Zeferino Zeca Martins, realça que estas divisões de dioceses são normais nas Igrejas em franco crescimento, e se impõem, para melhor atendimento à vida da fé e espiritual dos fiéis.
Situado a leste da província de Benguela, a uma distância de 210 km da capital da província, e tendo uma superfície de 4.817 km2, o município da Ganda é tido como um dos “bastiões” de vocações sacerdotais e religiosas a nível da África Subsaariana, à semelhança do município do Cubal, também em Benguela.
Com esta erecção, a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) passa a contar com 21 dioceses, para a satisfação dos fiéis e da Igreja em geral. A diocese da Ganda passa a ser sufragânea da Arquidiocese do Huambo.