O Centro Madre Teresa de Calcutá, situada na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, é uma Instituição das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição que, há mais de 20 anos, acolhe pessoas idosas em situações de vulnerabilidade e as, cujos familiares emigraram. Uma missão muito desafiante, porém, gratificante, afirma a Irmã Teodora Carvalho, atual diretora do Lar.
Sãozinha Vaz – Vatican News
Esta iniciativa surgiu em 2002, ano em que a doença da lepra em Cabo Verde deixou de requerer cuidados especiais. As Irmãs Franciscanas que exerciam uma missão muito importante na leprosaria “Casa de Betânia”, acharam por bem transformar essa Casa numa residência para os ex-pacientes sós e idosos pobres e sem amparo.
A Irmã Teodora explica que o Centro tem por missão proporcionar uma velhice digna e cheia de amor aos seus residentes, através de assistência humana e espiritual, dois pilares – a seu ver – essenciais no acompanhamento dos idosos:
“Procuramos, através de um sorriso, um abraço ou um gesto de carinho, testemunhar-lhes o amor de Jesus”, acrescenta.
Atualmente, 12 idosos de idade compreendida entre 84 a 97 anos, residem no Centro e são acompanhados por três religiosas da referida Congregação, por enfermeiros, disponíveis 24 horas por dia para lhes garantir o bem-estar físico, emocional e social; um médico que visita o centro uma vez por mês para consultas especiais e, nos casos mais delicados de saúde, são enviados ao Hospital central, localizado a 200 metros do Lar.
Para além de cuidados de saúde, os idosos beneficiam de atividades de lazer, sessões de fisioterapia, eucaristia semanal, momentos de convívios e visitas de grupo programadas ou espontâneas que, a diretora considera como um importante suporte, pois contribuem para que não se sintam sós.
“A idade não é um castigo, o idoso não é um peso, é um valor que devemos apreciar e aproveitar enquanto é tempo”, afirma a Irmã Teodora, apelando as famílias e os jovens ao cuidado e ao acolhimento dos seus entes queridos.
A diretora indica a falta de estruturas e de financiamentos como grandes desafios no exercício desta missão, uma vez que, é cada vez maior a demanda. Ela agradece o serviço voluntário de grupos como a Juventude Franciscana, Franciscanas Seculares, os Legionários e os Escuteiros e apela o governo a uma maior cooperação.