A iniciativa, que terá a duração de 30 dias, dos quais 24 dias de greve da fome, tem o objetivo de destinar os alimentos não consumidos aos refugiados sudaneses no campo de Kiryandongo, em Bweyale, oeste de Uganda.
Vatican News
A diretora executiva da organização sudanesa “The Female Guardians”, Hadia Hasaballah, fez um premente apelo por ocasião de uma campanha promovida para despertar a atenção do mundo sobre o alcance da tragédia humanitária em curso no Sudão: “devemos levantar a nossa voz para que o mundo não esqueça da crise sudanesa”.
“Além de pedir um cessar-fogo imediato, continua a diretora da organização, convidamos as partes em conflito a respeitar os seus compromissos e a abrir corredores seguros para a distribuição de ajudas humanitárias ao povo sudanês”.
A campanha lançada pelas “Mulheres Guardiãs”, em árabe El Harisat, tem como lema: “Não fechem os olhos diante da carestia no Sudão”. A iniciativa, que terá a duração de 30 dias, dos quais 24 dias de greve de fome, tem o objetivo de destinar os alimentos não consumidos aos refugiados sudaneses no campo de Kiryandongo, em Bweyale, oeste de Uganda.
“Utilizaremos todos os meios disponíveis para sensibilizar e pedir ajuda à comunidade internacional”, disse Hadia Hasaballah, citando, entre as iniciativas de denúncia globais, um dia dedicado à solidariedade com as crianças sudanesas, através de desenhos em um “Muro da Fome”.
Por sua vez, a diretora do movimento “El Harisat”, Mulheres Guardiãs, explicou: “vinte e cinco milhões de sudaneses precisam, com urgência, de alimentos; mais de 10 milhões de pessoas deixaram suas casas, entre as quais numerosas crianças; cerca de sete mil jovens mães correm o risco de morrer com seus filhos, por causa da escassez de alimentos; seis milhões de mulheres correm o risco de serem violentadas. Além disso, há cerca de 11 mil casos de cólera e 5 mil de dengue no Sudão”.
Fonte: Agência Fides