5 de ago de 2024 às 01:00
Muitos católicos se perguntam por que na Igreja Católica há alguns templos com o título de basílicas e por que são tão importantes para a vida de fé.
Este artigo foi criado especialmente para responder a essas dúvidas.
A palavra “basílica” vem do latim basilica, que deriva do grego basiliké. Significa “casa real”.
No período do Império Romano, era o lugar onde estava localizado o tribunal de justiça.
Ao longo da história, os papas outorgaram o título de “basílica” a um templo devido à sua importância espiritual e histórica.
Uma basílica é o centro espiritual e evangelizador de uma comunidade e também serve para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.
As celebrações litúrgicas que acontecem nelas também devem ser celebradas em outras igrejas da diocese.
As basílicas também acolhem tesouros sagrados da Igreja Católica, como túmulos e relíquias de santos; e promovem a divulgação dos documentos da Santa Sé.
Tipos de basílica
Existem quatro templos que levam o título de basílica maior em Roma: a Basílica de São Pedro, a Basílica de Santa Maria Maior, a Basílica de São Paulo Extramuros e a Basílica de São João de Latrão.
Fachada da Basílica de São João de Latrão/ Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
Uma basílica maior tem um altar maior no qual apenas o papa e seus delegados podem celebrar a missa. Além disso, distingue-se porque tem uma porta santa que os fiéis podem cruzar durante um ano santo para ganhar uma indulgência plenária.
Fachada da Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
As basílicas menores são os templos que receberam esse título por uma concessão do papa ou da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Geralmente são santuários e catedrais que recebem um grande número de peregrinos pelos tesouros sagrados que guardam ou pela sua importância histórica. No total, existem mais de 1500 basílicas menores em todo o mundo.
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Algumas das mais conhecidas na Itália são a de São Lourenço Extramuros, em Roma, a de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em Assis, a terra do santo dos estigmas.
Em outros países são conhecidas a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, a Basílica do Sagrado Coração (Sacré-Coeur), na França, a Igreja da Sagrada Família, em Barcelona, a Basílica de Nossa Senhora de Luján, na Argentina, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, na Colômbia, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.
Basílica do Sagrado Coração (Sacré-Coeur) na França / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
As partes de uma basílica
A parte exterior de uma basílica se chama átrio. O vestíbulo interior se chama nártex e depois a nave central, onde se reúnem os fiéis, e as naves laterais, onde costumam estar os confessionários, as capelas e o batistério.
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Nave central da Basílica de São João de Latrão/ Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
Na abside, a cabeceira do templo, está o altar maior, que geralmente está coberto por um baldaquino, um tipo de cúpula sustentada por quatro colunas. O baldaquino mais conhecido é o de Bernini, que está em cima do altar maior da Basílica de São Pedro.
Baldaquino de São Pedro / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
Em algumas basílicas, como São Pedro e São Paulo Fora dos Muros, embaixo do altar maior está o túmulo de um santo ou mártir.
Na parte de trás do baldaquino está o trono onde o bispo ou o papa se senta, caso visitem o templo.
Trono da Basílica de São João de Latrão / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
Na parte lateral do baldaquino estão as sacristias.
A Basílica mais antiga do mundo é a de São João de Latrão. Construída no palácio da família nobre dos Lateranos que o Imperador Constantino entregou à Igreja Católica. O papa São Silvestre consagrou o templo no ano 324.