Evangelho e palavra do dia 08 novembro 2024
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
3,17-4,1
Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que vivem de acordo com o exemplo que nós damos.
Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo.
O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas.
Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo.
Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas.
Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
16,1-8
Naquele tempo,
Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens.
Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’.
O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.
Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’.
Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’
Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
Comentário
Hoje Jesus leva-nos a refletir sobre dois estilos de vida opostos entre si: o mundano e o evangélico. […] É necessário esclarecer imediatamente que este administrador não é apresentado como modelo a seguir, mas como exemplo de astúcia. […] A esta astúcia mundana nós somos chamados a responder com a astúcia cristã, que constitui um dom do Espírito Santo.
Trata-se de se afastar do espírito e dos valores do mundo, que tanto agradam ao diabo, para viver segundo o Evangelho. E como se manifesta a mundanidade? A mundanidade manifesta-se com atitudes de corrupção, de engano e de opressão, constituindo o caminho mais errado, a senda do pecado, porque um leva a outro!
É como uma corrente, não obstante geralmente – é verdade! – seja o caminho mais fácil de percorrer. Ao contrário, o espírito do Evangelho exige um estilo de vida sério – sério mas alegre, repleto de júbilo! – sério e exigente, caracterizado pela honestidade, pela justiça, pelo respeito dos outros e da sua dignidade, pelo sentido do dever. Eis no que consiste a astúcia cristã! (Angelus de 18 de setembro de 2016)