8 de ago de 2024 às 12:37
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral divulgou hoje (8) o tema escolhido pelo papa Francisco para o 58º Dia Mundial da Paz 2025, que será celebrado em 1º de janeiro: “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz”.
Esse título “manifesta uma consonância natural com o sentido bíblico e eclesial do ano jubilar e se inspira, em particular, nas encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti, especialmente em torno dos conceitos de Esperança e Perdão, que são o coração do Jubileu” que o papa Francisco proclamou para o ano de 2025, disse o dicastério.
Essa orientação pressupõe, segundo o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, “um chamado à conversão que não visa condenar, mas sim reconciliar e pacificar.
O dicastério considera que “poderão emergir orientações concretas que levem a uma mudança tão necessária nos âmbitos espiritual, moral, social, econômico, ecológico e cultural” a partir da realidade dos “conflitos sociais e dos pecados que afligem a humanidade hoje” e da “esperança inerente à tradição jubilar da remoção dos pecados”.
“Somente mediante uma verdadeira conversão, pessoal, comunitária e internacional, poderá florescer uma paz autêntica, que não se manifeste apenas na conclusão dos conflitos, mas em uma nova realidade onde as feridas sejam curadas e cada pessoa tenha reconhecida a sua própria dignidade”, acrescenta o dicastério.
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Nos anos anteriores, os temas propostos pelo papa Francisco para esse dia trataram da inteligência artificial, do diálogo entre gerações, da cultura do cuidado ou da boa política.
Uma iniciativa de são Paulo VI
O apelo para celebrar esse dia foi feito pela primeira vez pelo papa são Paulo VI, que estabeleceu que o dia 1º de janeiro de 1968 seria celebrado como o Dia da Paz, conhecido atualmente como Dia Mundial da Paz.
O papa disse em sua primeira mensagem que “esta proposta interpreta as aspirações dos povos, dos seus governantes e das entidades internacionais que intentam conservar a Paz no mundo ; das instituições religiosas, tão interessadas no promover a Paz ; dos movimentos culturais, políticos e sociais que fazem da Paz o seu ideal ; da juventude, em quem mais vivas estão as perspectivas de caminhos novos de civilização, necessariamente orientados para um seu pacifico desenvolvimento; dos homens prudentes que vêem quanto a Paz é necessária e, ao mesmo tempo, quanto ela se acha ameaçada.”
Em 1981 a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 21 de setembro como Dia Internacional da Paz em 1981. Desde 2001, a data é chamada de Dia da Não-Violência e do Cessar-Fogo.