14 de ago de 2024 às 10:15
O número de padres que servem a diocese de Nsukka, Nigéria, passou de 400 depois da ordenação de 23 novos padres no último sábado (10).
Um estudo de 2023 sobre 38 países apontou a Nigéria como o lugar onde a maior porcentagem de católicos cumpre o preceito dominical: 96% dos católicos da Nigéria disseram ir à missa todo domingo. Os cristãos são cerca de metade da população da Nigéria e, em algumas áreas, sofrem violenta perseguição de grupos armados islâmicos.
Ao final da ordenação, o bispo de Nsukka, dom Godfrey Igwebuike Onah, agradeceu o crescente número de padres servindo em sua diocese.
“Devo apresentar um pedido de desculpas a todos os sacerdotes de Nsukka que não estão no santuário. Com a ordenação hoje, somos agora 417 padres nesta diocese”, disse dom Onah durante missa na catedral de Santa Teresa. “Agora vocês entendem por que alguns de vocês nos últimos dez anos não foram capazes de impor as mãos aos seus irmãos recém-ordenados, porque se todos nós impuséssemos as mãos, ainda estaríamos [fazendo isso].”
“Mas, no futuro, encontraremos uma maneira de o maior número possível de vocês fazer esse gesto”, disse o bispo.
Em sua homilia, dom Onah fez uma advertência sobre o uso de plataformas de mídia social no ministério de um padre.
“Existem certos lugares que os padres devem evitar, certos sites que eles não devem visitar, certos aplicativos que eles não devem baixar e certas redes com as quais não devem se envolver. Até mesmo seus trajes devem refletir seu chamado sagrado”, disse ele.
“Como padres, eles devem ter discernimento sobre aonde vão e o que fazem. Eles devem lembrar que são vasos de barro que carregam um tesouro precioso e devem guardá-lo com cuidado”, acrescentou o bispo.
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Dom Onah reiterou a importância de os sacerdotes viverem vidas que reflitam seu chamado sagrado, não apenas em seu ministério, mas também em todos os aspectos de seu comportamento.
“Os sacerdotes são chamados a ficar entre o povo e Deus, a oferecer orações em nome da Igreja e a transmitir a mensagem de Deus ao povo. Embora a tentação dos padres de se tornarem ativistas seja grande, seu verdadeiro chamado é ser homens de oração, liderando os fiéis na santidade”, disse dom Onah.
Ele também destacou o contexto global de seu chamado, ao lembrar aos 23 diáconos ordenados ao sacerdócio que eles pertencem não apenas à sua diocese local, mas à Igreja mundial.
“Embora cada sacerdote seja ordenado para uma diocese ou instituto religioso em particular, cada sacerdote pertence à Igreja Católica e ao mundo inteiro. A partir deste momento, suas ideias, interesses e carismas pessoais serão colocados a serviço da palavra de Deus”, disse ele.
Ao traçar paralelos com o profeta Jeremias, que foi chamado para profetizar às nações, dom Onah exortou os novos sacerdotes a verem sua missão como transcendendo fronteiras, e a estarem preparados para as tarefas que têm pela frente.
“Enquanto forem fiéis a esta missão, não precisam temer. Em Cristo, os papéis de pastor, sacerdote e profeta são combinados, e seus irmãos e amigos agora estão assumindo essa responsabilidade”, disse dom Onah.
Dom Onah, que lidera a diocese de Nsukka, Nigéria, desde julho de 2013, disse aos padres recém-ordenados que agora eles estão “profundamente transformados e configurados com Cristo”. Ele os lembrou que a graça que recebem por meio da ordenação os prepara para cumprir seus deveres sagrados.
“[Eles afastarão as pessoas do pecado pelo batismo, vão reconciliá-las pelo sacramento da penitência, fortalecê-las em Cristo pela Eucaristia e curá-las pelo sacramento da unção. Satanás não se agradará de sua obra. Portanto, eles devem ser cautelosos, atentos à sua fragilidade como vasos de barro e à preciosidade do tesouro que carregam”, disse dom Onah.