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2 de dez de 2024 às 16:05
O arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que “a Igreja em Goiânia há de viver intensamente o Ano Jubilar”. Em uma ‘Mensagem ao povo de Deus da arquidiocese de Goiânia sobre o Ano Jubilar de 2025’, ele apresentou quais serão os locais de peregrinação na arquidiocese, as formas de lucrar indulgência e as principais atividades durante o Jubileu.
O Jubileu Ordinário do Ano Santo de 2025 foi proclamado pelo papa Francisco, com o tema “Peregrinos da Esperança”. Começará no próximo dia 24 de dezembro, quando o papa abrirá a porta santa na basílica de São Pedro, no Vaticano, e terminará no dia 6 de janeiro de 2026. Nas dioceses de todo o mundo, conforme estabelecido pela bula Spes non confundit, de proclamação do Jubileu 2025, a abertura do jubileu será no dia 29 de dezembro e o encerramento em 28 de dezembro de 2025.
Segundo dom João Justino, o Jubileu é “tempo propício à renovação da fé no mistério da encarnação, à renovação do compromisso batismal e de pertença eclesial, à conversão sempre necessária em vista de melhor conformação de nossa história pessoal ao Evangelho da Vida”.
O arcebispo destacou que, ao contrário do que aconteceu no Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2015, desta vez “não haverá” as Portas Santas nas várias dioceses do mundo, mas apenas em Roma. “Poucos fiéis poderão se deslocar de nossa arquidiocese à Roma. Como noutros jubileus, a grande maioria do povo de Deus viverá os exercícios jubilares em suas dioceses”, disse.
Dom João Justino ressaltou duas atividades que “andam juntas e são os principais exercícios do Ano Jubilar”: a peregrinação e a reconciliação.
Segundo ele, “pôr-se a caminho é deixar-se tocar pelo movimento de busca do sentido da vida, de exercitar-se para ir ao encontro d’Aquele que veio ao nosso encontro, Jesus Cristo”. Mas, disse, “toda peregrinação remete também aos irmãos e irmãs que encontramos pois o Senhor neles se faz presente e, com eles, é que fazemos nossa peregrinação até a casa do Pai”. “Encontrar-se com os irmãos e com eles caminhar supõe uma vida reconciliada”, acrescentou.
Por isso, elencou as seguintes “igrejas e locais de acolhido dos peregrinos”: em Goiânia, a catedral metropolitana Nossa Senhora Auxiliadora, o santuário basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o santuário basílica da Sagrada Família, a igreja paroquial Nossa Senhora da Assunção, a igreja paroquial Nossa Senhora Aparecida e Santa Edwiges e a capela do Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney; em Trindade (GO), o santuário basílica do Divino Pai Eterno, a igreja matriz do Divino Pai Eterno e a Vila São José Bento Cottolengo; em Aparecida de Goiânia (GO), o santuário arquidiocesano Nossa Senhora Aparecida; em Inhumas, a igreja paroquial Sant’Ana; e em Senador Canedo (GO), a igreja de Todos os Santos.
Vão obter a indulgência os fiéis peregrinarem a esses locais e “realizarem sua confissão sacramental, a comunhão eucarística e orações nas intenções do papa”.
O arcebispo pede ainda que, “especialmente durante o Ano Jubilar, intensifique-se, pessoal e comunitariamente, o ardor pela escuta da Palavra de Deus, o espírito penitente na confissão sacramental, a participação na celebração da Eucaristia, a oração de adoração eucarística, as obras de misericórdia, a oração do terço mariano, o estudo do Catecismo da Igreja Católica, dos documentos do Concílio Vaticano II e do Compêndio de Doutrina Social da Igreja”.
Programação do Jubileu na arquidiocese de Goiânia
Como estabelecido pela bula Spes non confundit, a abertura do Jubileu 2025 na arquidiocese de Goiânia acontecerá no dia 29 de dezembro, com concetração na paróquia São José, no Setor Sul de Goiânia, a partir das 14h30. Às 15h, terá início a celebração, seguida de peregrinação até a catedral Nossa Senhora Auxiliadora, onde terá continuidade a celebração da missa.
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Entre as diversas atividades do calendário arquidiocesano, dom João Justino fez “um convite especial” para que todos participem da Romaria Arquidiocesana ao santuário basílica do Divino Pai Eterno, em 5 de abril. “Como Peregrinos de Esperança, vamos a pé do Trevo do Pe. Pelágio até o santuário de Trindade. Seremos uma multidão a proclamar juntos que a esperança em Jesus Cristo não engana nem decepciona”, disse.
Outra peregrinação que destacou é a 21ª Romaria ao santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), no dia 6 de setembro. O arcebispo convidou os grupos de romeiros a se organizarem e recordou que “a Igreja reconhece a Bem-aventurada Virgem Maria como Mãe da Santa Esperança”.
Os doentes e os presos
Dom João Justino pediu em sua mensagem que “a visitação” aos enfermos e aos encarcerados no Jubileu 2025 “seja um gesto de solidariedade e fraternidade”.
O arcebispo solicitou que os párocos e administradores paroquiais organizem com a Pastoral da Saúde “celebrações jubilares nos hospitais e instituições similares de suas paróquias ao longo do Ano Santo” e que os responsáveis pelos locais de peregrinação “preparem com esmero uma celebração eucarística com unção dos enfermos para o dia 11 de fevereiro, Dia Mundial do Enfermo”.
Para que os detentos possam viver o Ano Santo, ele pediu que “a Pastoral Carcerária se encarregue de organizar nos presídios o Jubileu com os encarcerados, contando com a disponibilidade dos bispos e dos padres para a celebração da eucaristia”.
Os jovens, a criação e a unidade dos cristãos
Em sua mensagem, dom João Justino disseque “não se pode falar de esperança sem se lembrar dos jovens”. Ele disse contar com apoio de todos “para que os jovens encontrem seu espaço nas comunidades e na vida da Igreja diocesana”. “Assim, também merece redobrado empenho de todos o apoio à Pastoral Vocacional. Quando se fala de vocação, o registro é sempre a esperança de um futuro feliz em razão de uma escolha madura e acertada”, declarou.
O arcebispo também pediu que seja valorizada “devidamente a Campanha da Fraternidade 2025, com o tema Fraternidade e Ecologia Integral, em sintonia com o convite a sermos Peregrinos de Esperança”. Segundo ele, “poderemos viver intensamente o apelo quaresmal à conversão, atentos ao sofrimento d’Aquele que transforma a ‘árvore da cruz’ em ‘árvore da vida’, comprometendo-nos a cuidar da Casa Comum”.
Dom João Justino destacou ainda que em 2025 “também se celebram os 1700 anos do Concílio de Niceia” e pediu que o Jubileu “seja oportunidade de valorizarmos o ecumenismo”, especialmente na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que no hemisfério sul é celebrada anualmente na semana que antecede Pentecostes, em 2025, de 1º a 7 de junho.