a irmã de Santa Teresinha a quem os fotógrafos podem pedir intercessão

Este é um artigo do site ChurchPop

📸 Se você se dedica à fotografia, peça a intercessão desta religiosa!

A irmã de Santa Teresinha do Menino Jesus, Celina Martin, não apenas compartilhou a profunda fé de sua família, mas também usou seu talento para documentar a vida dentro do Carmelo. Se você trabalha com fotografia, pode recorrer à intercessão desta santa mulher.

Em um artigo para o National Catholic Register, o fotojornalista Jeffrey Bruno compartilhou sua admiração pela vida de Celina Martin, também conhecida como Irmã Genoveva da Santa Face.

Bruno relatou que, anos atrás, enquanto procurava imagens de Santa Teresinha do Menino Jesus, ficou surpreso com a quantidade e qualidade das fotografias disponíveis da santa:

“Apenas um punhado de santos do século XIX foram fotografados, e na maioria dos casos, há apenas uma ou duas imagens. Mas, no caso dela, havia dezenas de fotos ao longo de toda a sua vida.”

Essas imagens foram tiradas por Celina, a irmã fotógrafa de Santa Teresinha. As duas eram muito próximas na juventude, até que Teresinha entrou no convento. Esse vínculo se fortaleceu novamente quando Celina se juntou à santa no Carmelo de Lisieux, em 1894.

Celina e Teresa. Crédito: Familia Martin.

Uma mente brilhante e um coração artístico

Desde jovem, Celina demonstrava um espírito inovador e um olhar artístico apurado.

Ela mesma contou em sua autobiografia:

“Eu gostava muito de fazer invenções e entender mecanismos. Como tinha uma máquina de costura, desmontei-a completamente, limpei cada peça e depois a remontei. Também sabia como usá-la e, muitas vezes, minhas primas e eu confeccionávamos nossos próprios vestidos.”

Celina destacou-se nos estudos, recebendo prêmios de excelência em matemática. No entanto, sua verdadeira paixão era a pintura.

“Ela recebeu ofertas para estudar com grandes mestres no Le Salon de Paris, e até seu pai, Luís Martin, a incentivou a seguir essa carreira. No entanto, quando ele lhe ofereceu ajuda para se mudar, Celina confessou que sentia o chamado à vida religiosa.”, explicou Bruno.

Após o falecimento do pai, Celina decidiu seguir sua vocação no Carmelo de Lisieux, unindo-se às irmãs e à prima. Ela tomou o nome de Irmã Genoveva da Santa Face e recebeu permissão para levar consigo sua câmera.

Isso a tornou uma das primeiras monjas a fotografar dentro de um claustro.

A câmera que capturou a vida no convento

A câmera utilizada por Celina era uma grande caixa de madeira de 13×18 cm com uma lente Darlot. Ela empregava a técnica do ferrotipo, um processo fotográfico do século XIX que produzia imagens positivas em placas de metal lacadas.

Celina lidera a aventura, seguida por sua prima Marie Guerin e sua irmã Jeanne. Crédito: Família Martin.

Suas fotografias eram únicas, pois foram tiradas em um convento de clausura, permitindo um registro íntimo e autêntico da vida das carmelitas.

“Ela foi uma das primeiras pessoas a fotografar dentro de um claustro e a primeira monja a fazê-lo. Ser membro da comunidade religiosa lhe deu acesso ao coração da ordem: seu funcionamento interno, sua vida espiritual.”

Durante sua trajetória no convento, Celina tirou 41 fotografias, muitas delas retratando sua irmã Santa Teresinha. Entre as imagens mais famosas estão aquelas capturadas em 21 de janeiro de 1895, na Festa de Santa Inês.

Santa Teresinha quase foi queimada viva em uma peça teatral

No Carmelo, era tradição celebrar o dia da priora, que, na época, era Madre Inês de Jesus (Paulina Martin, irmã mais velha de Celina e Santa Teresinha).

Para a ocasião, Santa Teresinha escreveu e produziu uma peça sobre Santa Joana d’Arc, na qual Celina interpretou Santa Catarina e também registrou o evento em fotografia.

Teresa e suas irmãs com a Madre Marie de Gonzague. Acredita-se que esta é a primeira fotografía do convento que Celina tirou depois de ingressar no convento. Crédito: Celina Martin.

Durante a apresentação, um acidente quase resultou em tragédia: ao encenar a fogueira, Santa Teresinha, no papel de Joana d’Arc, quase foi queimada viva! No entanto, permaneceu firme, demonstrando sua disposição de oferecer sua vida a Deus.

As imagens dessas peças teatrais estão preservadas nos arquivos do Carmelo de Lisieux e continuam sendo um testemunho do talento e devoção das irmãs Martin.

Uma vida de amor a Cristo e talento a serviço do Evangelho

Além de seu dom para a arte e a fotografia, Celina demonstrava um profundo amor por Cristo. Em seus escritos, ela descreveu sua busca por Deus em todas as coisas:

“Desde o momento em que buscamos primeiro o Seu Reino e a Sua justiça, Ele se compraz conosco. E estou certa de que, mesmo em ocupações cujo objetivo imediato não era a eternidade, eu sempre me dedicava a elas com a intenção de encontrar nelas alguma beleza que me aproximasse do meu Criador.”

Bruno enfatiza que Celina desenvolveu os talentos que Deus lhe deu, mas aprendeu a se desapegar deles para fazer espaço para Cristo.

Celina Martin. Crédito: Familia Martin

“Em um mundo que muitas vezes esquece as mãos que moldaram seus registros visuais, Celina Martin—artista, irmã e, talvez, futura padroeira dos fotógrafos, ao lado de Santa Verônica—não será esquecida.”

Movida por seu amor a Cristo, sua proximidade com Santa Teresinha e seu talento fotográfico, Celina nos deixou mais do que imagens—ela nos deu uma janela para a santidade vivida no Carmelo.

📸 Veja as fotografias registradas por Celina Martin aqui.

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