Anel do pontificado de Leão XIV apresenta imagem de São Pedro, com chaves e redes – Agência ECCLESIA

17/maio/2025

Este é um artigo do site ECCLESIA.

Símbolo da autoridade papal vai ser entregue durante Missa de início do ministério petrino

Foto: Vatican Media

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 17 mai 2025 (Ecclesia) – O Departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou hoje o anel do pescador que vai ser entregue este domingo ao Papa, na Missa de início de ministério petrino.

A obra apresenta a imagem de São Pedro com as chaves e a rede, símbolos associados ao primeiro Papa da Igreja Católica.

O anel tem a designação “do pescador” para recordar que “Pedro é o apóstolo pescador que, tendo acreditado na palavra de Jesus, tirou da barca as redes da pesca milagrosa”.

“Tem o significado particular do anel que autentica a fé e indica a tarefa confiada a Pedro de confirmar os seus irmãos, tarefa que, portanto, é transmitida também ao Papa Leão XIV”, indica a nota da Santa Sé.

No interior do anel do novo pontífice encontram-se elementos do seu brasão com referências à Virgem Maria e a Santo Agostinho.

A liturgia deste domingo começa dentro da Basílica de São Pedro, com o Papa a descer até junto do túmulo de São Pedro, acompanhado pelos patriarcas das Igrejas Católicas Orientais, para um momento de oração.

“Este momento sublinha o estreito vínculo do bispo de Roma com o Apóstolo Pedro e o seu martírio, precisamente no lugar onde o primeiro vigário de Cristo confessou com o sangue a sua fé, juntamente com tantos outros cristãos que com ele deram o mesmo testemunho”, indica o portal de notícias do Vaticano.

Dois diáconos transportam o pálio papal, o anel do pescador e o livro dos Evangelhos, em procissão para o altar da celebração, colocado no exterior da basílica, na Praça de São Pedro.

O Departamento de Celebrações Líturgicas do Sumo Pontífice divulgou também imagens do pálio, “símbolo do bispo como bom pastor e, ao mesmo tempo, do Cordeiro crucificado para a salvação da humanidade”, que é usado pelos bispos de Roma desde o século IV.

Leão XIV optou por manter a insígnia litúrgica de honra e jurisdição usada por Francisco, igual à dos arcebispos metropolitas em todo o mundo – uma faixa de lã branca e seda negra, com seis cruzes -, e vai voltar a usar os três cravos, em três cruzes específicas, que evocam a crucifixão de Jesus.

Na porta central da Basílica do Vaticano vai ser colocada uma tapeçaria que evoca a pesca milagrosa, uma passagem dos Evangelhos que inspira vários elementos da celebração.

A Santa Sé adianta que, ao lado do altar, vai estar a imagem Nossa Senhora do Bom Conselho, do Santuário de Genazzano, que o Papa visitou a 10 de maio, sem anúncio prévio.

Após a proclamação do Evangelho, em latim e grego – simbolizando a universalidade da Igreja – vão aproximar-se de Leão XIV três cardeais das três ordens (diáconos, presbíteros e bispos) do Colégio Cardinalício, naturais de vários continentes: o primeiro impõe-lhe o pálio, o segundo pede, com uma oração especial, a presença e a assistência de Jesus sobre o Papa, e o terceiro entrega-lhe o anel do pescador, momento que se conclui com uma oração ao Espírito Santo.

A cerimónia inclui ainda o rito simbólico de “obediência”, prestada ao Papa por doze representantes de várias partes do mundo – entre membros do clero, de institutos religiosos e leigos –, antes da homilia de Leão XIV.

No Vaticano vão estar delegações de outras Igrejas cristãs e religiões, além de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal, com lugar de destaque para os responsáveis da Itália, EUA (país natal do novo Papa) e Peru (onde Leão XIV foi missionário e bispo).

Após a recitação da oração do ‘Regina Coeli’, na Praça de São Pedro, Leão XIV regressa ao interior da Basílica, onde cumprimenta as delegações presentes, que se vão dirigir até ele pelo corredor central do edifício – em 2013 houve mais de 130 representações oficiais.

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos (Santa Sé), foi eleito como Papa, após pouco mais de 24 horas de Conclave, a 8 de maio, assumindo o nome de Leão XIV; o primeiro pontífice agostiniano foi prior geral da Ordem de Santo Agostinho, com sede em Roma, entre 2001 e 2013.

OC


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