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Por Alexander Folz

30 de mai de 2025 às 10:18

A arquidiocese de Paderborn, Alemanha, se distanciou da apresentação Westfalen Side Story na catedral de Paderborn e disse à CNA Deutsch, agência em alemão da EWTN, que não tinha conhecimento prévio do conteúdo específico da apresentação.

A arquidiocese lamentou que a encenação tenha “ferido sentimentos religiosos” e iniciou investigações internas.

A apresentação do conjunto Bodytalk em 15 de maio gerou uma onda de indignação e levou a uma petição (link em alemão) com cerca de 20 mil assinaturas. Sob o título "Contra a Profanação da Catedral de Paderborn: Pela Proteção dos Nossos Locais Sagrados", os fiéis pedem uma resposta clara da Igreja.

O evento teve a presença do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e do ministro-presidente da Renânia do Norte-Vestfália, Hendrik Wüst.

A apresentação, que deveria fazer parte das comemorações oficiais do 1.250º aniversário da Vestfália, tinha uma mulher e um homem seminu empunhando foices, seguidos por um segundo homem sem camisa que entrou com uma tigela cheia de frangos depenados, envoltos em fraldas.

Os artistas fizeram com as mãos os animais mortos “andar” através da área do altar enquanto cantavam “Fleisch ist Fleisch” (Carne é carne) com a melodia da canção pop Live is Life, da banda austríaca Opus.

O comunicado oficial disse também que a catedral “foi frequentemente palco de eventos culturais de alto nível no passado”.

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A arquidiocese disse que “o conteúdo e o desenho específicos desse segmento do programa não eram conhecidos antecipadamente pelos responsáveis, tanto pelos organizadores quanto pelo local”.

“Levamos as reações à apresentação muito a sério e já começamos a revisar nossos procedimentos internos”, disse também a arquidiocese.

A declaração também expressou “pesar explícito de que a apresentação tenha ferido sentimentos religiosos”.

A arquidiocese enfatizou ainda que tal efeito " nunca foi pretendido em nenhum momento" e também "não reflete nossas expectativas para esse lugar com seu significado religioso, histórico e cultural especial".

A petição na plataforma CitizenGo é dirigida ao arcebispo de Paderborn, Udo Bentz. Os signatários pedem não só um pedido público de desculpas, mas também um "ato de penitência e reparação com a reconsagração da catedral de Paderborn, que foi profanada por essa performance".

As assinaturas coletadas serão enviadas não só ao arcebispo de Paderborn, mas também ao núncio apostólico na Alemanha, arcebispo Nikola Eterović.

“As igrejas católicas são espaços sagrados, construídos para o culto e voltados para a adoração a Deus. O uso de nossas igrejas deve sempre apontar para a presença de Deus e levar à adoração”, diz a petição.